GASTRONOMIA
Considerado peixe de pobre, essa é uma das melhores fontes de proteína
A cavalinha é rica em proteínas de qualidade, vitaminas, minerais e, especialmente, ácidos graxos ômega-3

Por Carla Melo

Por muito tempo, a cavalinha fez parte da mesa da família brasileira e era considerada “comida de pobre” por ser barata e facilmente encontrada em feiras e mercados populares.
Servir esse peixe era considerado, na época, um sinal de simplicidade excessiva, o que reforçava o estereótipo e afastava o peixe das mesas da elite.
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Hoje, esse cenário mudou, e a cavalinha é reconhecida como um dos peixes mais completos e valiosos do ponto de vista alimentar: rica em proteínas de qualidade, vitaminas, minerais e, especialmente, ácidos graxos ômega-3 que contribuem para a saúde do cérebro e do coração.
Por que comer cavalinha: benefícios desse peixe
Mesmo sendo um peixe de baixo custo, a cavalinha se destaca por oferecer nutrientes comparáveis aos dos peixes nobres e muito mais caros. Entre seus principais benefícios:
Altas concentrações de ômega-3 (DHA e EPA)
Os ácidos graxos ômega-3 presentes na cavalinha atuam diretamente na saúde cerebral e cardiovascular. O DHA auxilia na memória e no bom funcionamento do sistema nervoso. Já o EPA ajuda a reduzir triglicerídeos, combater inflamações nos vasos sanguíneos e diminuir o risco de doenças cardíacas.
Proteína completa e de fácil digestão
A cada 100 g, a cavalinha oferece cerca de 20 a 22 g de proteína com todos os aminoácidos essenciais. Além de nutritiva, é mais leve para o organismo em comparação a carnes vermelhas, o que favorece a digestão. Por isso, é indicada para todas as idades, especialmente idosos.
Vitaminas e minerais fundamentais
A cavalinha também é rica em vitamina B12, essencial para a produção de glóbulos vermelhos; vitamina D, importante para os ossos e para o sistema imunológico; além de iodo, cálcio e fósforo, que auxiliam na formação óssea e na saúde metabólica.
Outro ponto importante é que peixes pequenos, como a cavalinha, acumulam muito menos mercúrio e metais pesados do que peixes maiores e oceânicos. Isso permite um consumo frequente, de duas a três vezes por semana, sem riscos à saúde.
Como preparar a cavalinha
Para aproveitar ao máximo os ômega-3 e evitar excesso de gordura ou sódio, esses métodos são mais indicados para o preparo de cavalinha:
- Grelhar ou assar: conservam bem os ômega-3 e exigem pouco óleo.
- Cozinhar no vapor ou ferver: versões como a cavalinha cozida ou ensopada mantêm a umidade e preservam nutrientes sem adicionar gordura.c
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