Mudar de casa é um desafio maior em tempo de pandemia | A TARDE
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Mudar de casa é um desafio maior em tempo de pandemia

Publicado sábado, 03 de outubro de 2020 às 06:05 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Madson Souza*
Oulinalva desinfetou tudo antes e depois de mudar | Foto: Alex Oliveira | Ag. A TARDE
Oulinalva desinfetou tudo antes e depois de mudar | Foto: Alex Oliveira | Ag. A TARDE -

Desmontar móveis, empacotar objetos, cuidar do transporte, desempacotar objetos, montar móveis, reorganizar tudo; só quem já se mudou sabe o quanto cansativo pode ser esse processo. De acordo com pessoas que fizeram ou estão de mudança, isso tudo ficou ainda mais estressante com a pandemia. De diferente há a preocupação com a higienização, as equipes reduzidas para o serviço e a necessidade do uso de máscara.

Para o aposentado Valfrísio Santiago, que está saindo da Ribeira para a Avenida Paralela, o processo de mudança está mais complicado. “Com certeza está mais difícil do que num momento comum. Existe toda uma preocupação de como fazer isso da forma mais segura possível tanto para mim quanto para os outros”, explica Valfrísio.

Ele contratou dois desmontadores e um motorista de carreto com dois ajudantes para auxiliarem na mudança. Dentre os pontos destacados com a equipe está a exigência do uso de máscara, protetor facial e luvas. Tudo para realizar a ação de uma forma mais segura.

Quem também decidiu se mudar foi a professora Oulinalva Camilo, que saiu do município de Serrinha para morar na capital baiana neste momento de pandemia. Ela fala que sua mudança foi tranquila, porque o apartamento já tinha muita coisa e ela só trouxe alguns dos seus pertences.

“Desinfetei tudo ao empacotar antes de sair e repeti o processo ao chegar aqui e desempacotar. Acho que foi uma mudança tranquila também devido ao fato de já estar seguindo esses protocolos de cuidado e ter eles como um hábito mesmo”, comenta a professora.

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Freitas conversa com moradores que estão se mudando sobre medidas de segurança adotadas no condomínio | Foto: Shirley Stolze | Ag. A TARDE

Nos condomínios

Não só da parte dos condôminos os cuidados estão sendo tomados. Os síndicos recomendam ações para que o processo de mudança ocorra de maneira tranquila e sem maiores riscos.

“É preciso que o novo morador receba algum informativo com as regras de convivência e as siga”

O presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-BA), Kelsor Fernandes, afirma que os condomínios estão seguindo os protocolos sanitários de exigência de máscara e álcool em gel.

O síndico profissional Jorge Freitas tem buscado conversar com os condôminos que estão se mudando para os espaços que gerencia. “Quando sei da mudança, converso com o morador para perguntar se os cuidados estão sendo tomados e lembro da exigência do uso de máscara, protetor facial e luva. Toda forma que puder diminuir a contaminação é importante. Alguns acham que é exagero e não gostam, mas é algo fundamental”, afirma Jorge.

Nos condomínios gerenciados pelo síndico profissional Rildo Oliveira estão sendo tomadas ações para organizar as mudanças. Um pedido do síndico é que a transferência dos objetos seja feita por no máximo três pessoas, para evitar aglomerações e trânsito nas dependências.

“Têm ocorrido poucas mudanças. As pessoas estão bem conscientes, mesmo quem está se mudando para cá já conversa antes perguntando sobre os protocolos de segurança e cuidados necessários no processo”, fala Rildo. Diante do cenário de mudança, o síndico profissional reforça a higienização do elevador.

Já o síndico Jorge Freitas segue também um planejamento para a chegada de mudanças. Ele limita a entrada da equipe para o serviço em até quatro pessoas. Outra iniciativa é a de informar os outros moradores e sugerir que deixem as passagens do condomínio livres para evitar aglomerações. Ele também conta que já disponibilizou o elevador de serviço só para o processo da mudança.

O presidente do Secovi-BA lembra que mesmo fora da pandemia os condomínios têm regras que incluem o momento da mudança. “É preciso que o novo morador receba algum informativo com as regras de convivência e que ele as siga. O direito de um termina quando começa o do outro”, reforça.

*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló

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