CRISE MIGRATÓRIA
América Latina: política migratória de Trump gera crise diplomática
Governo brasileiro proibiu que deportados sejam algemados e amarrados
Por Redação
No último fim de semana a política de Donald Trump contra imigrantes nos Estados Unidos intensificou-se e impactou as relações com países da América Latina.
Além da questão do tratamento dado aos brasileiros deportados por tentativa de imigração ilegal, após cenas deles desembarcando no Brasil algemados e amarrados, que repercutiram internacionalmente, outros países da América Latina repudiaram esses atos.
Os presidentes do México e da Colômbia se negaram a receber aviões com passageiros na mesma condição. O presidente colombiano, Gustavo Petro proibiu o pouso de aviões militares norte-americanos no país e afirmou que os EUA “não podem tratar os migrantes colombianos como criminosos”.
Em resposta, o presidente norte-americano ordenou o aumento de tarifas emergenciais sobre todas as importações do país, a proibição de viagens para cidadãos colombianos e a revogação de vistos para autoridades colombianas nos EUA.
Por fim, o presidente colombiano destacou se opor ao uso de aviões militares e ao tratamento dos deportados, mas anunciou porta aberta para a Colômbia receber os deportados em viagem por aviões civis.
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Diante do acordo, a Casa Branca informou que as sanções seriam suspensas. Posteriormente, o perfil oficial da residência oficial de Donald Trump listou nas redes sociais casos de imigrantes latinos retidos com antecedentes criminais, e sugeriu assim, uma associação entre imigração e criminalidade.
A crise na política migratória chegou ao ponto de a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) convocar reunião de última hora para o próximo dia 30 de janeiro. A chefe de Estado de Honduras, Xiomara Castro, também presidente pro tempore da Celac, reforçou o compromisso em suas redes sociais.
Entre os tópicos que serão discutidos em reunião extraordinária com presidentes, estão migração, meio ambiente e unidade latino-americano e caribenha.
Ainda não se sabe a proporção que a escalada na crise migratória pode refletir no país, mas o governo brasileiro. desautorizou o uso de algemas e correntes nos deportados brasileiros. Já o Ministério dos Direitos Humanos prepara relatório sobre as denúncias de agressões contra brasileiros dentro do avião militar americano.
O governo Tump tenta ainda acabar com a cidadania americana por nascença no país. Ele também quer retomar a ideia de cidadania por laço consanguíneo, como funcionava antes da abolição da escravatura nos Estados Unidos.
Dessa maneira, Trump assinou decreto que proíbe o direito à cidadania a filhos de imigrantes nascidos nos Estados Unidos. A medida foi suspensa pelo Judiciário e está sendo questionada juridicamente, mas o republicano pretende mantê-la.
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