POLÍTICA
Brasil lidera ranking global de países mais tarifados por Trump
Medida impõe taxa de 50% sobre todas as exportações brasileiras a partir de agosto
Por Redação

O Brasil passou a ocupar o primeiro lugar no ranking de países com as maiores tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. A nova posição vem após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar, nesta quarta-feira, 9, uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto.
A decisão foi formalizada por meio de uma carta enviada por Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o republicano, a taxação é uma resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Trump acusa Brasil de “vergonha internacional”
Na carta, Trump afirma: “A forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional”.
O presidente norte-americano reforça que a cobrança será ampla e sem exceções. “Cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os Estados Unidos, separada de todas as tarifas setoriais existentes. Mercadorias transbordadas para tentar evitar essa tarifa de 50% estarão sujeitas a essa tarifa mais alta”, declarou.
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Taxas superam as de outros 20 países
Com a nova tarifa imposta ao Brasil, o país passa à frente de nações como Tailândia, Camboja e Myammar — todas com tarifas entre 35% e 40%. Ao todo, os EUA já anunciaram sanções tarifárias unilaterais contra 20 países, sob a justificativa de pressão por acordos comerciais bilaterais.
Veja os percentuais das tarifas anunciadas por Trump até o momento:
- Brasil: 50%
- Laos: 40%
- Myammar: 40%
- Tailândia: 36%
- Camboja: 36%
- Bangladesh: 35%
- Sérvia: 35%
- África do Sul: 30%
- Argélia: 30%
- Líbia: 30%
- Iraque: 30% (previsão anterior era 39%)
- Japão: 25%
- Coreia do Sul: 25%
- Malásia: 25%
- Moldávia: 25%
- Tunísia: 25%
- Brunei: 25%
- Indonésia: 32%
- Cazaquistão: 25%
- Filipinas: 20% (previsão anterior era 17%)
- Bósnia-Herzegovina: 30%
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