MUNDO
Empresário divide R$ 1,1 bilhão com funcionários após vender negócio
Dono da Fibrebond destinou 15% do valor da venda para premiar 540 colaboradores

Por Isabela Cardoso

O empresário americano Graham Walker surpreendeu o mercado e seus colaboradores ao vender a Fibrebond, fabricante de gabinetes elétricos na Louisiana, por US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 9,4 bilhões).
Antes de assinar o acordo com a multinacional Eaton, Walker impôs uma condição inegociável: US$ 240 milhões (R$ 1,1 bilhão) seriam destinados exclusivamente aos seus 540 funcionários.
A gratificação histórica resultou em um bônus médio de US$ 443 mil (R$ 2,4 milhões) por pessoa. Os pagamentos, iniciados em junho, contemplam desde veteranos com décadas de casa até novos contratados, transformando radicalmente a realidade financeira da pequena cidade de Minden, onde a empresa é a maior empregadora.
Histórias de transformação: da hipoteca à boutique própria
Para muitos funcionários, o bônus significou o fim da insegurança financeira. Lesia Key, que começou na empresa em 1995 ganhando apenas US$ 5,35 por hora, utilizou o montante para quitar a hipoteca de sua residência e abrir sua própria boutique de roupas. "Antes vivíamos de salário em salário. Agora posso viver tranquila", celebrou.
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Outros colaboradores utilizaram o recurso para investimentos familiares e sonhos antigos:
- Hector Moreno: Financiou uma viagem comemorativa para 25 familiares em Cancún.
- Hong Blackwell: Aos 67 anos, a gerente garantiu uma aposentadoria confortável e presenteou o marido com uma nova caminhonete.
Além disso, o prefeito de Minden, Nick Cox, relatou um aquecimento sem precedentes no comércio da cidade devido ao poder de compra injetado pelo bônus.
Recompensa pela lealdade
A regra para o recebimento total do valor prevê que os funcionários permaneçam na companhia pelos próximos cinco anos (exceto para aqueles acima de 65 anos). Segundo Walker, a decisão foi uma forma de honrar quem esteve ao seu lado nos momentos difíceis da trajetória da empresa familiar.
“Parecia justo que os funcionários tivessem quase um quarto de bilhão de dólares nas mãos”, afirmou Walker, que deixa o comando da Fibrebond em 31 de dezembro.
O gesto de Walker entra para a história como um dos maiores bônus coletivos já registrados no setor industrial, reforçando a importância do reconhecimento do capital humano em grandes transações corporativas.
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