EUA declara emergência sanitária por varíola do macaco
Agências de governo receberão dinheiro de fundos de emergência
Os Estados Unidos declararam nesta quinta-feira, 4, emergência de saúde pública pela varíola do macaco. A medida permite ao governo destinar recursos, coletar dados e mobilizar profissionais adicionais para combater a doença.
"Estamos preparados para elevar a resposta a este vírus a outro patamar e instamos a todos os americanos a levar a sério a varíola do macaco e assumir a responsabilidade de nos ajudar a enfrentar este vírus", disse o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Xavier Becerra.
Segundo o “New York Times”, as agências de governo receberão dinheiro de fundos de emergência para contratar mais funcionários e agilizar a vacinação e tratamento dos infectados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) ativou o nível máximo de alerta para reforçar a luta contra a doença, que já afetou mais de 18.000 pessoas em 78 países desde maio.
Desde o início de maio, foi identificado um aumento incomum dos casos fora dos países onde o vírus é endêmico, na África central e ocidental, espalhando-se por todo o mundo, em especial na Europa.
A varíola do macaco - detectada pela primeira vez no ser humano em 1970 - é menos perigosa e contagiosa que a antiga varíola, erradicada em 1980.
A maioria das pessoas infectadas são homens, relativamente jovens, que têm relações sexuais com homens e que vivem em áreas urbanas, informou a OMS.
Segundo um estudo do New England Journal of Medicine realizado com 528 pessoas em 16 países, o mais amplo até o momento, em 95% dos casos, o contágio se deu por via sexual.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou estender o uso de uma vacina contra a varíola, que já é utilizada em vários países, para combater a propagação da varíola do macaco.