Exército de Israel anuncia resgate de 4 reféns levados de festival

Israel realizou a maior operação de resgate de reféns, neste sábado, 8, desde o início da guerra com o Hamas, em outubro do ano passado. Quatro israelenses foram libertados na cidade de Nuseirat e encaminhados para fora da Faixa de Gaza, após forte bombardeio aéreo e um ataque terrestre. As informações são do Estadão.

Autoridades palestinas disseram que 94 pessoas morreram durante a ofensiva.

Segundo informações do Exército de Israel, foram resgatados: Noa Argamani, de 25 anos; Almog Meir, de 21 anos; Andrei Kozlov, de 27 anos, e Shlomi Ziv, de 40 anos. Todos foram levados como reféns após o ataque do Hamas ao território de Israel em 7 de outubro do ano passado. Eles estavam em um festival de música eletrônica.

A ofensiva coordenada pelo Hamas em território palestino à época deixou 1,2 mil israelenses mortos.

Segundo autoridades de Israel, a operação de resgate de ontem invadiu dois prédios ao mesmo tempo no coração de Nuseirat. Os reféns resgatados foram levados de helicóptero, passaram por exames médicos e depois reencontraram parentes após um cárcere que durou 246 dias.

Um dos resgatados ontem, foi a jovem Noa Argamani, que teve seu sequestro filmado no dia do ataque do Hamas. Ela estava sentada entre dois homens em uma motocicleta enquanto gritava "não me mate!" aos terroristas.

De acordo com o governo israelense, cerca de 250 pessoas em Israel foram sequestradas durante o ataque de 7 de outubro, incluindo mulheres, idosos e crianças. Ao menos 105 foram libertados durante uma trégua de novembro do ano passado. As tropas israelenses trouxeram para casa os corpos de cerca de 19 outras pessoas, incluindo três mortos involuntariamente pelas tropas israelenses.

A ação de ontem eleva para seis o total de resgatados, incluindo os libertados em um ataque das forças especiais de Israel em fevereiro na cidade de Rafah, no sul, quando dois israelenses detidos pelo Hamas foram resgatados.

Ainda há 120 reféns sob o poder do Hamas, conforme informou autoridades de Israel.

Para Yoav Gallant, o ministro da Defesa de Israel, a ação foi uma "operação complexa" levada a cabo por soldados, forças especiais e inteligência, que operaram "sob fogo pesado". Forças americanas tiveram participação e ajudaram na operação.

Desde do começo da guerra, 36, 7 mil civis palestinos morreram, indicou o Ministério da Saúde em Gaza.