MEIO AMBIENTE
Incêndios florestais avançam e deixam sete mortos
Em apenas três dias, os incêndios destruíram mais área do que todos os focos registrados no país durante todo o verão
Por Da Redação
Nesta terça-feira, 17, o governo de Portugal mobilizou 3,7 mil bombeiros para enfrentar uma série devastadora de incêndios florestais que, desde domingo, consumiu cerca de 10 mil hectares e resultou na morte de sete pessoas. Em apenas três dias, os incêndios destruíram mais área do que todos os focos registrados no país durante todo o verão no Hemisfério Norte. Lisboa aguarda a chegada de ajuda de outros países europeus ao longo do dia.
O Serviço de Emergência e Proteção Civil informou que, na tarde desta terça-feira, 17, (manhã em Brasília), está combatendo 65 focos de incêndio, a maioria concentrada nas regiões de Porto e Aveiro, no Centro e Norte de Portugal. As autoridades classificaram a situação como "complexa".
Os incidentes mais graves até o momento foram registrados nos arredores do município de Albergaria-a-Velha, onde três pessoas perderam a vida, incluindo um brasileiro de 28 anos que foi carbonizado enquanto tentava salvar as máquinas da empresa em que trabalhava, na segunda-feira.
Leia também:
>> Eclipse lunar será visível no Brasil nesta terça; saiba como acompanhar
>> Pitbull é resgatado após ser abandonado à beira de estrada; veja vídeo
>> Idoso que estava desaparecido após ficar à deriva é encontrado na Bahia
“Foi um momento de muito medo! Todas as minhas terras foram queimadas... tive a sorte de minha casa não ter sido atingida,” afirmou Maria Ribeiro, uma aposentada de 82 anos que vive em Busturenga, nos arredores de Albergaria-a-Velha, com lágrimas nos olhos. “Ninguém veio nos socorrer.”
À medida que os dias passam, Portugal tem intensificado seus esforços para combater os incêndios. De acordo com informações oficiais, mil veículos estão sendo empregados na operação, além de vinte aviões e helicópteros. O governo português também solicitou assistência de aliados europeus: reforços da Espanha já estão atuando no terreno, enquanto contingentes da França, Itália e Grécia são aguardados ainda nesta terça-feira.
Em nota, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou seu pesar pelo falecimento dos bombeiros, dizendo-se "profundamente consternado" com a situação. O primeiro-ministro Luís Montenegro também lamentou o incidente e decidiu cancelar todos os compromissos de sua agenda oficial até sexta-feira.
Portugal entrou em "alerta máximo" devido aos incêndios que se intensificaram durante o fim de semana e se agravaram na segunda-feira. As chamas se espalharam rapidamente, alimentadas por fortes ventos e temperaturas superiores a 30ºC. Foram registrados pelo menos 40 feridos, incluindo 33 bombeiros.
Especialistas apontam que o aumento das ondas de calor, assim como sua maior duração e intensidade, são consequências das mudanças climáticas. A Península Ibérica é uma das regiões mais afetadas pelo aquecimento global, com canículas e seca que favorecem a propagação dos incêndios.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes