TENSÃO
Lula e Maduro falam de paz enquanto Trump aumenta pressão sobre a Venezuela
Presidente brasileiro reforça diplomacia; Maduro sofre pressão de Washington e Trump

Por AFP e Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, conversaram por telefone na semana passada sobre "a paz na América do Sul", informou o Palácio do Planalto à AFP nesta sexta-feira, 12. O diálogo rápido ocorre em um momento de forte pressão de Washington, que acusa Maduro de liderar um cartel do narcotráfico e tem intensificado medidas militares e econômicas contra Caracas.
Maduro enfrenta a pressão de Washington, que o acusa de liderar um cartel do narcotráfico e bombardeou várias embarcações que completaram o transporte de drogas no mar do Caribe, em frente à costa da Venezuela.
Na primeira semana de dezembro, os dois presidentes tiveram uma conversa “rápida” sobre a “paz na América do Sul e no Caribe”, disse uma fonte da Presidência à AFP.
Maduro e Lula não conversaram desde as eleições presidenciais venezuelanas, em julho de 2024, nas quais Maduro foi reeleito, um resultado que não foi reconhecido oficialmente pelo Brasil.
Uma fonte da Presidência disse que “não há intenção” por parte de Lula de “ser mediador” na crise entre Washington e Caracas.

Os Estados Unidos multiplicam as medidas, tanto econômicas quanto militares, para aumentar a pressão sobre o presidente venezuelano.
Em uma entrevista recente, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que os dias de Maduro estão “contados”.
O presidente venezuelano nega as acusações de Washington e afirma que Trump busca impor uma “mudança de regime” para se apropriar das vultosas reservas de petróleo de seu país.
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Na quinta-feira, Lula disse que defendeu perante seu par americano uma política pacifista para a região, em um telefonema também na semana passada.
"Eu falei, 'Ô, Trump, nós não queremos guerra na América Latina. Nós somos uma zona de paz'", disse Lula em um evento oficial em Belo Horizonte (MG).
Segundo seu relato, Trump lhe respondeu: “Mas eu tenho mais armas, eu tenho mais navios, eu tenho mais bombas”.
"Eu falei, 'Cara, eu acredito mais no poder da palavra do que no poder da arma. Vamos tentar usar a palavra como instrumento de convencimento, de persuasão, pra gente fazer as coisas certas. Vamos acreditar que a palavra, diplomaticamente, é a coisa mais forte pra gente resolver os problemas'", concluiu Lula.
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