GEOPOLÍTICA
Veja como a taxação dos EUA sobre aço e alumínio afeta o Brasil
Brasil foi o segundo maior exportador do conjunto "Aço e Ferro" para os EUA, em 2024
Por Redação
![EUA representou 47,9% das exportações do grupo de aço e ferro, em 2024](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1300000/1200x720/Apos-reuniao-com-Maduro-enviado-de-Trump-anuncia-l0130556500202502010927-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1300000%2FApos-reuniao-com-Maduro-enviado-de-Trump-anuncia-l0130556500202502010927.jpg%3Fxid%3D6550950%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1739243042&xid=6550950)
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump deve anunciar nesta segunda-feira, 10, o aumento de 25% sobre as importações de aço e alumínio, um dos principais produtos que o Brasil ocupa o segundo lugar enquanto exportador para o país norte-americano.
Só em 2024, os EUA compraram US$4,677 bilhões (cerca de R$27 bilhões) em produtos brasileiros do conjunto de “Aço e Ferro”, o equivalente a mais de 4 milhões de toneladas de aço. No ranking, o Brasil ficou atrás apenas do Canadá, que respondeu por 24,2% daquele mercado.
Já em 2023, os EUA importam 18% de todas as peças fornecidas pelo Brasil. No total, 25% do aço utilizado em território americano é importado de países como México, Canadá, Coréia do Sul, Japão, China e Rússia.
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Apesar do Brasil ser relevante para os Estados Unidos como fornecedor de aço e ferro, com cerca de um quinto do mercado, os americanos são ainda mais importantes para os brasileiros. De acordo com dados do Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, os EUA foram destino de 47,9% das exportações do grupo de aço e ferro em 2024.
Esses itens respondem por boa parte das exportações siderúrgicas aos EUA, assim, nenhum outro cliente é tão essencial para as siderúrgicas brasileiras como os americanos.
O segundo maior comprador de ferro e aço do Brasil é a China, porém com uma parcela menor de 10,7% dos embarques. Com o anúncio desta medida, as importações que superam os R$100 bilhões serão as principais afetadas.
No Brasil, em 2024 foram US$31,3 bilhões em importações de aço e ferro, segmento em que o Brasil é mais afetado, com US$4,677 bilhões.
Foram registrados também US$49,7 bilhões na compra de partes de aço e ferro, mas a participação do Brasil nesse segmento é pequena e representa 0,6% do total importado pelos EUA com US$306 milhões no ano passado.
As tarifas afetam também outros US$27,4 bilhões em partes de alumínio. Nesse segmento, o Brasil também tem posição mais modesta, com 1% das importações dos EUA ou US$272 milhões em 2024.
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