CRISE FINANCEIRA
Festejo santo em Quijingue pode ser suspenso após recomendação do MP
Realização do evento, estimada em R$ 1 milhão apenas em contratações artísticas, é incompatível com a situação financeira atual do município
Por Redação
![MPBA pede uma resposta formal do gestor municipal em até 48 horas](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1300000/1200x720/Festejo-santo-em-Quijingue-pode-ser-suspenso-apos-0130267300202501101816-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1300000%2FFestejo-santo-em-Quijingue-pode-ser-suspenso-apos-0130267300202501101816.jpg%3Fxid%3D6517137%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1739318183&xid=6517137)
O Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), recomendou nesta sexta-feira, 10, ao prefeito de Quijingue, a suspensão da realização dos festejos de São Sebastião 2025, previstos para ser realizados nos próximos dias 21 e 22 de janeiro. A recomendação baseia-se no “grave estado de calamidade financeira decretado pelo município, que compromete áreas essenciais como saúde, educação e limpeza pública, além da falta de pagamento a servidores e fornecedores”.
A recomendação, se fundamenta nos princípios constitucionais de moralidade, legalidade e eficiência, a qual destaca que a realização do evento, estimado em R$ 1 milhão apenas em contratações artísticas, é incompatível com a situação financeira atual do município.
Entre as atrações anunciadas estão Solange Almeida, Devinho Novaes e Tayrone. O documento mostra que a gestão municipal já havia decretado emergência financeira no início de janeiro, citando endividamento profundo e o colapso na prestação de serviços públicos essenciais, como atendimento médico reduzido, ausência de medicamentos e demissões de profissionais de saúde especializados.
O MPBA pede uma resposta formal do atual prefeito Romerinho (Avante), em até 48 horas, e alerta que o descumprimento deve acarretar a instauração de inquérito civil e a adoção de medidas judiciais. Romerinho foi eleito no último pleito e tomou posse no último dia 01 de janeiro.
Os promotores reforçam no documento, que “embora a cultura seja essencial, os direitos à saúde, saneamento básico e assistência social devem ser prioritários”. Além disso, ressalta que os custos do evento equivalem a um mês de investimentos em saúde no ano anterior, “evidenciando a necessidade de destinar os recursos para atender às demandas mais urgentes da população”.
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