MISTURA PERIGOSA
Prefeito de Seabra é denunciado por promoção pessoal com cores em campanha
Denúncia aponta uso da máquina pública de Neto da Pousada (PCdoB)

Por Rodrigo Tardio

O prefeito de Seabra, Chapada Diamantina, Joaquim Inacio De Souza Neto, conhecido como Neto da Pousada (PCdoB), foi denunciado por suposta promoção pessoal com uso das cores e do slogan da campanha eleitoral de 2024 em espaços e materiais da administração municipal.
A denúncia, a qual foi apresentada pela empresa 'José Carlos de Oliveira Sales e Silva-ME', aponta que o gestor tem transformado a cidade em uma "vitrine" do partido, o que remete diretamente ao uso das cores e slogans em bens públicos.
As cores vermelho e amarelo, associadas ao gestor e ao partido, estariam sendo utilizadas em prédios públicos, ambulâncias, uniformes, placas de eventos e nas redes sociais oficiais da Prefeitura.
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Diante dos indícios, foi determinada medida cautelar obrigando o gestor municipal a suspender imediatamente o uso das cores e símbolos ligados à campanha e ao PCdoB em materiais oficiais, além de impedir novas despesas relacionadas a esse tipo de divulgação até o julgamento final do caso.
O que diz a Constituição
A Constituição Federal proíbe que a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos contenha nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. A publicidade deve ter caráter educativo, informativo ou de orientação social.
As imagens anexadas ao processo mostram o mesmo padrão visual em diversas estruturas e ações municipais — de escolas a eventos esportivos — o que caracterizaria tentativa de vincular a imagem política do prefeito às realizações administrativas.
A denúncia geralmente se enquadra na esfera do Direito Eleitoral e da Improbidade Administrativa, pois o uso de cores, slogans ou símbolos pessoais em bens e serviços públicos pode configurar violação ao princípio da impessoalidade.
Decisão
Após a análise das provas e da defesa, os órgãos competentes decidirão se houve ou não a violação da lei. As penalidades podem variar desde multa até a cassação do mandato, dependendo da gravidade e da instância em que o processo tramitar.
A reportagem entrou em contato com os telefones da gestão municipal e as ligações não obtiveram sucesso.
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