DENÚNCIA
Secretário é acusado de fraudar assinaturas em Câmara Municipal baiana
Ato teria sido realizado para devolução de R$ 500 mil reais à Prefeitura de Itapetinga

Por Rodrigo Tardio

O ex-presidente da Câmara Municipal de Itapetinga, centro sul da Bahia, e atual secretário de Infraestrutura do município, Luciano Almeida (MDB), é acusado de ter utilizado assinaturas eletrônicas de dois parlamentares, os quais são secretários da Mesa Diretora da Câmara Municipal, sem as devidas autorizações, para a devolução de R$ 500 mil ao Executivo.
O valor, que supostamente teria sido devolvido à prefeitura, horas antes de Luciano Almeida assumir o novo cargo, deve entrar na mira de uma investigação interna.
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De acordo com a denúncia, o então presidente da Câmara teria pressionado a tesoureira da Casa para emitir uma ordem de devolução do valor à Prefeitura de Itapetinga, com as assinaturas eletrônicas dos dois membros da Mesa Diretora.
Moeda de troca
Luciano Almeida, que deixou a presidência da Câmara para se tornar secretário de Infraestrutura na gestão do prefeito Eduardo Hagge (MDB), teria supostamente realizado a devolução do montante para fortalecer a aliança com o Executivo e garantir a nomeação.
O que gerou curiosidade na população, foi o fato do dinheiro ser devolvido à Prefeitura, pouco antes da ascensão de Luciano ao cargo no Executivo.
Uma fonte que não quis se identificar indicou um provável "acerto político" entre Luciano Almeida e o prefeito Eduardo Hagge, no qual Almeida teria utilizado os R$ 500 mil como moeda de troca para garantir ascensão ao cargo de secretário municipal.
A reportagem do Portal A TARDE procurou o atual secretário de Infraestrutura de Itapetinga, e até a publicação desta nota não obteve posicionamento. O espaço segue aberto.
Litígio com a Câmara
Em janeiro deste ano, o imbróglio entre o prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB) e vereadores, até então aliados, inclusive da própria sigla, atrapalhou a governabilidade do atual gestor municipal.
À época, de acordo com fontes próximas à Casa Legislativa, o prefeito teria cedido às pressões de parlamentares insatisfeitos, após Eduardo Hagge ter interferido diretamente na eleição do novo presidente da Câmara, Luciano Almeida (MDB), o qual derrotou Tarugão também do MDB. fato que teria desagradado boa parte dos parlamentares.
Eduardo Hagge, que se recusa a dialogar com essa corrente de vereadores, estaria irritado com as demandas dos parlamentares Valquirão (MDB), Peto (MDB), Tele (MDB), Tarugão (MDB) e Anderson da Nova (União Brasil).
De acordo com Hagge, as exigências seriam como uma "extorsão", as quais estariam inclusas no pedido de dois vereadores da oposição, Sidinei do Sindicato e Diga Diga, ambos do PSD.
Embora Eduardo tenha apoiado a eleição de Luciano Almeida, à presidência da Câmara de Itapetinga, é bom lembrar que o presidente só votaria em caso de empate. No caso de Itapetinga, caso os sete vereadores se abstivessem das votações, um provável empate seria impossível, já que no plenário, o governo era minoria.
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