MÊS DO ROCK
A Bahia já foi mais rock: 15 bandas que deveriam voltar urgentemente
Entre ícones esquecidos e novos nomes, o rock da Bahia segue vivo e pulsante
Por Bianca Carneiro

Tropicália, samba-reggae, bossa nova, arrocha, chula, pagode, brega, axé… Se tem uma coisa que a Bahia entende é de música. Importante celeiro da arte brasileira, o estado é e foi berço, expoente e ponto final de importantes talentos e grupos musicais do país.
Mas não há como lembrar de que a terra do Carnaval é também a mesma do pai do rock brasileiro, Raul Seixas. Das bandas pioneiras que surgiram no cenário alternativo décadas atrás, às cenas independentes que ainda fervem em bairros de Salvador e no interior, o estado tem uma longa e rica história com o gênero, celebrado neste mês de julho, sobretudo no domingo, 13.
Aqui, o rock nunca foi só influência de fora: ganhou sotaque, identidade e resistência própria. Seja nos festivais lotados ou nos palcos underground, o espírito roqueiro sempre teve lugar garantido no solo baiano, porém, muitos grupos que se consagraram, principalmente nos anos 90, terminaram ou andaram sumidos nos últimos anos.
The Dead Billies, Brincando de Deus, Maria Bacana, Zona Abissal, Treblinka, Saci Tric, Bosta Rala, Lisergia…A lista é grande [veja abaixo]. Uma das mais saudosas foi a Úteros em Fúria, criada no tradicional Colégio Antônio Vieira em 1987 e encerrada em 1995. A banda se tornou um dos expoentes do rock baiano da década ao lado de nomes como Cascadura e Camisa de Vênus.
Em entrevista exclusiva, um dos fundadores, Mauro Pithon relembra a trajetória da banda, que teve sua formação clássica com Emerson Borel (guitarra), Evandro Botti (baixo), Apú Tude (guitarra, craviola e gaita), Mário Jorge Heine (bateria) e ele próprio nos vocais. “Só começamos a ser conhecidos mesmo em Salvador a partir de 1991, quando já tínhamos saído do colégio”, explica. O fim dos Úteros em Fúria aconteceu em 1995 após um imprevisto de saúde:
“A alma criativa da banda, Emerson Borel, adoeceu gravemente. Tentamos continuar, mas não seria verdadeiro sem ele. Foi uma decisão conjunta”, conta Pithon.
O impacto dos Úteros em Fúria não foi apenas musical, mas também comportamental. “Quando arrombamos as portas dos anos 1990, inauguramos uma nova fase comportamental sem pedir licença para aqueles que nos inspiraram na década anterior. E isso é vital para o rock”, diz Pithon.
Segundo ele, essa irreverência fazia parte da essência do gênero, embora a explosão do axé naquela época tenha colocado as bandas de rock em posição marginal.
O rock baiano sempre correu por fora. Desde a década de 1960 com Raulzito e os Panteras tocando em palcos periféricos e até hoje é assim. As bandas de rock baiano criam ou inventam espaços para fazerem suas apresentações. Viver à margem faz parte da nossa natureza. É bem verdade que houve sim, de certa forma, um boicote das rádios. Os donos das emissoras enxergavam que deveriam tocar as bandas de axé em vez de tocar qualquer outro estilo. Era a realidade da época. E o melhor caminho para as bandas de rock era aquele que levava ao aeroporto ou à rodoviária

Outro veterano da cena é Ronei Jorge, que esteve à frente de diversas bandas como Saci Tric e Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta. Surgida em meados dos anos 1990 a partir dos desdobramentos da banda Mutter Marie, a Saci Tric fez parte de uma geração de músicos baianos que misturavam rock alternativo, experimentação e vínculos de amizade.
Com integrantes oriundos da primeira banda, formada ainda no início da década de 1990 por colegas de colégio, a Saci ganhou força no cenário soteropolitano com sua formação clássica: Antônio Fernando (Saruaba), Luciano Simas, Ordep Lemos, depois, Christian Sotomayor, e Nuno Ricardo. Em 1998, o grupo lançou um disco ao vivo gravado por André T. E e Alexey Turenko no Teatro XVIII, além de demos que circularam de forma mais restrita. A banda seguiu até o início dos anos 2000, quando passou por mudanças na formação e iniciou as gravações de um novo trabalho, nunca lançado oficialmente.
“O desafio maior era o próprio mercado. Primeiro, por estar fora do eixo do Rio São Paulo, nessa época, era uma coisa ainda marcante, porque as gravadoras ainda operavam com muita força. Os festivais também não estavam tão distribuídos pelo Brasil. Você tinha os festivais locais, mas a circulação era mais difícil”, afirma ele sobre o término da Saci. O artista também cita a ascensão da axé music como um fator de impacto para o rock baiano.
“O axé conseguiu sair da cidade de Salvador, da Bahia, do estado e foi para o Brasil, desde a década de 80 tem essa força muito grande. Então, era natural que quando a mídia nacional buscasse alguma coisa de música aqui, não buscava o rock. Aqui não era visto como um lugar de rock, apesar de Raul Seixas e Camisa de Vênus. Na época, nesse período, foi meio esquecido, assim, não fazia essa ligação do rock com a cidade ou com o estado da Bahia”, diz ele, que ainda faz shows esporádicos com a Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta.
Leia Também:
Lenda viva do rock

Por mais de três décadas envolvido com a cena alternativa da Bahia, o produtor Rogério Pereira Brito, o BigBross, acompanhou de perto o nascimento, auge e fim de dezenas de bandas de rock locais. Com a experiência de quem produziu eventos desde os anos 90, ele faz um diagnóstico direto sobre por que tantas formações chegaram ao fim.
"Não serem sustentáveis. Toda banda que não cobre nem as próprias despesas com ensaios e equipamento básico não se sustenta. Se sua banda não forma público pagante, não consegue vender merchandising. Isso é o começo do fim".
Ele também aponta outro fator comum: "Muitas bandas se autossabotam. Sonham com um produtor ou empresariado que vai trabalhar por elas, mas isso não existe. É tudo um negócio, e todos querem seu pagamento no fim do espetáculo, do bilheteiro ao empresário".
O rock baiano acabou?
Apesar do término de muitas bandas, Rogério Bigbross acredita que a cena atual é até mais fértil do que nos tempos considerados “áureos”.
"Agora, por exemplo, você tem uma média de três shows todo final de semana na cidade de bandas veteranas e novas. Nos anos 90, você tinha, se muito, dois shows no mês, e olhe lá. Não tinham pubs ou casas de shows, você fazia show em qualquer lugar e geralmente produzia do zero um eventos muitas vezes sem nenhuma estrutura básica no local”, diz.
Ele critica a ausência de políticas públicas específicas para o gênero. “Não adianta ter editais para festivais e mobilidade, se a curadoria que vai julgar não conhece a própria cidade, nem a importância do nicho dentro da economia criativa a que ele pertence. Ou seja, o rock concorre concorre com toda música baiana em cada edital e os gestores culturais não entenderam que toda música produzida na bahia é música baiana”.

Para Rogério, falta ao público a curiosidade que move a cena: “Espaço tem, o que falta é um público curioso. Quem não é visto não é lembrado. Se você não está frequentando os shows de rock baiano a culpa não é do rock, temos muitos shows todo fim de semana”. E conclui com um recado provocativo:
Tentam comparar o rock com o hip hop e o trap. Onde ‘tá’ rolando shows desses nichos todo final de semana de artistas locais em Salvador? Não achou, né? O rock vai bem, obrigado
Já para Mauro Pithon, a projeção nacional de novas bandas baianas de rock é difícil, mas ainda possível. “Fico na torcida para que surja logo uma nova Pitty ou um novo Raul Seixas.” No entanto, ele prefere não especular sobre o que falta para que isso aconteça. “Sou cobra velha. Não caio nessa armadilha.”
A era digital também é vista com ressalvas por Pithon. “A internet é uma faca de dois gumes tanto para o meio musical quanto para qualquer outra atividade humana. Ela abre novas oportunidades e fecha tantas outras. Hoje temos uma quantidade imensa de artistas nas plataformas digitais de streaming sem nenhuma retaguarda de profissionais que possam orientá-los apontando o melhor caminho em suas carreiras.”
Cenário musical diverso e complexo

Ronei Jorge concorda. Ele enxerga um cenário musical diverso e complexo, em que o rock é mais nichado, sem o alcance massivo de décadas anteriores. Cita bandas como Vivendo do Ócio, Maglore, Meus Amigos Estão Velhos e a Trupe Poligodélica de Fatel como destaques recentes, mas reconhece:
Eu não sei se o rock baiano conquistará uma projeção nacional, eu vejo uma juventude interessada em outros tipos de música. Não que não tenha banda de rock, acho que sempre vai ter, mas o rock hoje é uma coisa mais nichada, não é como foi na década de 80 e no meio dos anos 90, quando o estilo ainda era forte
A internet, segundo ele, tem um papel ambíguo: facilita o acesso às ferramentas de gravação, mas dificulta a conquista de público diante de tanta concorrência. “Você tem um número muito grande de artistas, então, para convocar a atenção de um público, é mais difícil, e por conta disso, que eu acho que as coisas ficam mais ligadas ao nicho.”
Mesmo com tantos anos de experiência, Mauro se recusa a dar conselhos a futuros roqueiros: “Não dou conselhos a ninguém”. Mas deixa claro quem são seus aliados na trincheira do rock baiano: “Meus Amigos estão Velhos, Caloi 10, Cascadura, Retrofoguetes, Vivendo do Ócio, Pastel de Miolos, Maglore, Ronei Jorge, André L. R. Mendes, Pitty. E eu, Mauro Pithon, é claro.”
Relembre mais bandas icônicas da cena baiana
Brincando de Deus

Surgida em Salvador em 1992, a Brincando de Deus se destacou como uma das bandas mais influentes do indie rock nacional, com forte inspiração no pós-punk e no rock alternativo britânico. Cantando em inglês e apostando em uma sonoridade melancólica e sofisticada, o grupo criou uma identidade própria. A banda lançou discos como Better When You Love (Me) (1995), Running Live on Your Mind (1997) e o homônimo Brincando de Deus (2000).
Após uma pausa não oficial iniciada em 2005, durante a gravação de um show histórico no bar Pós-Tudo, o grupo retomou as atividades em 2009 com a formação que marcou sua última fase: Messias (voz e guitarra), Cezar Vieira (guitarra), Ricardo Cury (bateria) e Tiago Aziz (baixo), mas desde então, deixou os holofotes.
The Dead Billies

Formada em Salvador nos anos 1990, a The Dead Billies marcou época com seu som explosivo e performático, em uma mistura alucinada de rockabilly, punk e psicodelia, o chamado psychobilly. Inspirados pelos norte-americanos do The Cramps, Moska (voz), Morotó Slim (guitarra), Joe Tromondo (baixo) e Rex Crotus (bateria) criaram uma estética própria, com shows selvagens e figurinos inspirados em filmes de terror. Em pouco tempo, se tornaram cult no circuito alternativo e lançaram dois discos: Don’t Mess With… The Dead Billies (1996) e The Heartfelt Sessions (1999), antes de encerrarem a trajetória em 2001 por “diferenças criativas”.
Em 2023, mais de 25 anos depois, o disco de estreia ganhou reedição em vinil roxo pelo selo paulista Neves Records, com tiragem limitada e som remasterizado a partir do CD original, já que a fita master foi apagada. Ao A TARDE, Morotó Slim contou que a banda deixou uma marca que ainda hoje inspira fãs e músicos. “Não existe um dia que alguém não me pare ou não me mande uma mensagem e fale do Dead Billies, é algo impressionante, naturalmente eu sei o tamanho que essa banda chegou.”
Dois Sapos e Meio

Formada em 1995, a Dois Sapos e Meio dominou o cenário alternativo de Salvador. Um dos seus mais conhecidos fundadores foi o guitarrista, compositor e produtor musical baiano Peu Sousa, encontrado morto em 2013. Enteado de Galvão dos Novos Baianos, ele trabalhou com grandes bandas e artistas como Carlinhos Brown, Marisa Monte, Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, Ivete Sangalo e, principalmente, Pitty. O Dois Sapos e Meio durou até o final de 1999.
A primeira apresentação da banda aconteceu no Festival Canta Rock Pelourinho. Além de Peu, a lista dos integrantes contou com os músicos Léo Preto, Guilherme e o baixista CH Straatmann.
Scambo

Conhecida por misturar rock com influências da música brasileira, a Scambo construiu uma trajetória sólida, com cinco discos lançados (Exerça, Preto, Vermelho, Flare e Ao Vivo) e parcerias de palco com grandes nomes da música nacional, como Lenine, Charlie Brown Jr., Natiruts e Zé Ramalho. Sucessos como “Roda Gigante”, “Tonto Mar” e “Passatempo” faziam parte de seu repertório, marcado por letras poéticas e sonoridade envolvente.
A Scambo também ganhou projeção nacional ao participar da segunda edição do programa SuperStar, da TV Globo, em 2015. Em 2017, o vocalista Pedro Pondé anunciou a saída do grupo, que se mantém afastado dos palcos.
Bosta Rala

Lendária no cenário underground dos anos 90, a banda punk baiana Bosta Rala teve um fim traumático em 1996, marcado pelo assassinato de dois integrantes: Morcego e Dinho. Conhecida por unir o grindcore ao punk oitentista em letras de crítica social, como na icônica faixa “Idiota”, a banda carrega uma trajetória marcada por resistência, som pesado e denúncia.
Em 2015, segundo o El Cabong, o grupo ensaiou um retorno por meio de um vídeo publicado no YouTube. No Instagram, o último registro da banda foi em 2019.
Inkoma

Formada em 1995, a Inkoma deixou sua marca no rock baiano com um som pesado, letras incisivas e a presença de palco intensa, especialmente pelos vocais com Pitty, que mais tarde se tornaria um dos maiores nomes do rock nacional. Ao lado de Sérgio Cambita (vocal), André (bateria) e Pedro Pererê (guitarra), Pitty entrou na banda ainda nos tempos de recepcionista do Studio Zero, onde, com muita insistência, conseguiu gravar a primeira demo da Inkoma nas madrugadas do estúdio. O resultado foi Pilha Pura, fita demo com seis faixas autorais que vendeu 1.500 cópias, tornando-se um registro icônico do underground baiano.
Com o tempo, a Inkoma passou por mudanças na formação e expandiu seu alcance ao participar de coletâneas importantes como UMDABAHIA, Na Mosca Vol. 1 e o tributo Traidô ao Ratos de Porão. O grupo terminou em 2001.
Lisergia
A banda Lisergia se destacou pelo espírito rebelde e experimental que marcou o rock baiano dos anos 90. Fundada em 1994, a banda foi um dos maiores ícones da cena underground de Salvador, misturando influências de Dead Kennedys, Mr. Bungle, Tom Zé, Slayer e Raul Seixas com uma pegada brasileira, anárquica e lisérgica.
Lisergia conquistou espaço em importantes coletâneas como Um da Bahia e Três da Bahia, além de participações em festivais como Skol Rock, Garage Rock e Boom Bahia, e shows pelo interior do estado e outras capitais como Brasília e Recife. As formações tiveram nomes como Caveira (voz, apitos e efeitos), Nego (baixo) e Maluquinho (guitarra). Algumas das músicas mais conhecidas eram: Colémerma, Prisão Corpórea, Mãe Terra e Boneco de Lata.
Superfly
Formado por Bruno Masi (voz), Rick Brayner (guitarra), Jão Travassos (bateria) e Adriano Paternostro (baixo), o grupo marcou o início dos anos 2000 com letras bem-humoradas. Com influências do rock californiano dos anos 90, o primeiro CD da banda vendeu mais de 20 mil cópias, número expressivo para uma produção independente, e emplacou faixas como Transeira e Sozinha, esta última incluída na trilha do Esporte Espetacular, da TV Globo.
Em 2013, a SuperFly se reuniu para uma apresentação única em um tributo à cena alternativa da Bahia.
Maria Bacana

Maria Bacana foi formada nos anos 1990 por André Mendes (voz), Lelê (baixo) e Marcelo (bateria). O trio baiano chamou atenção com seu álbum de estreia produzido por Dado Villa-Lobos e Tom Capone, lançado pelo selo Rock It!, e considerado uma das joias escondidas do período. Com letras existencialistas e melódicas que destoavam da tendência da época, a banda alcançou destaque em festivais como Abril Pro Rock e teve clipes exibidos na MTV.
Em 2019, a banda anunciou o seu fim em um post emocionante no Instagram: “maria bacana, quem viu, viu. numa boa, a banda chegou no ponto final da sua história...curtimos cada ensaio, gravação e show dessa recente volta sabendo q era uma "prorrogação" improvável e podia acabar no dia seguinte...continuamos amigos e nossos dois discos estão aí pra quem quiser ouvir”.
Veuliah
Formado em 1996, o Veuliah ficou conhecido por sua fusão singular entre o death metal tradicional e passagens melódicas com teclado para agradar aos headbangers (fã de heavy metal e seus derivados) baianos. A formação contava com Fábio Gouvêa (vocais), Júlio Gouvêa (guitarra), Ricardo Sanct (guitarra), Luciano Veiga (teclados), Leandro Campos (baixo) e Ricardo Agatte (bateria).
Após o elogiado debut Deep Visions of Unreality (2005), a banda emplacou "Chaotic Genesis", álbum produzido por Julio Gouvêa e gravado por Jera Cravo, com oito faixas inéditas. O último nas plataformas digitais foi Mystical Reasons, de 2017. O grupo mantém uma página no Instagram com postagens esporádicas.
Catapulta
A banda baiana Catapulta surgiu em 1995, em Salvador, apostando em uma fusão ousada e potente: o peso do rock e do metal com elementos da capoeira, do candomblé e da cultura popular nordestina. Inspirada pelo movimento mangue beat de Chico Science e Nação Zumbi, a banda lançou seu primeiro álbum em 1997.
A visibilidade levou o grupo ao topo das paradas da MTV Brasil e a uma indicação ao VMB como Banda Revelação. Apesar do sucesso inicial, problemas colocaram a banda em pausa. O retorno veio em 2002 com o segundo álbum, 2° Versão, lançado de forma independente pelo selo Ramax, mas desde então, a banda entrou em hiato.
Lampirônicos
Formada em Salvador no fim dos anos 1990, a banda Lampirônicos conquistou espaço no cenário nacional ao unir o peso do rock com elementos da música nordestina como o baião, xote e zabumba, além de flertar com o eletrônico e o pop.
Seu som autoral, definido como “candeeiros a laser”, resultou em um estilo único que chamou atenção de ícones como Carlinhos Brown, que apadrinhou o grupo, e artistas como Lenine, Frejat e Alceu Valença. A banda chegou a ser indicada ao Prêmio Multishow como grupo revelação.
Bônus: Penélope

Talvez a única ainda atividade, a Penélope, formada em 1997 por Érika Martins, surgiu com a proposta de destacar as vozes femininas no rock brasileiro, em um cenário então dominado por bandas masculinas. Misturando rock alternativo, pop rock, new wave e referências da jovem guarda, a banda rapidamente se destacou com letras sobre o cotidiano, adolescência e filosofia.
Em 2004, a banda encerrou as atividades, mas após duas décadas longe dos grandes palcos, fez um retorno emblemático ao Rock in Rio 2024 ao lado da mineira Pato Fu, reeditando uma dobradinha histórica que havia ocorrido pela última vez em 2001. O reencontro, no palco Sunset, celebrou os 25 anos do álbum “Mi Casa, Su Casa”, lançado em 1999, que levou o grupo ao sucesso nacional com faixas como “Holiday” e “Namorinho de Portão”, inclusive presentes na trilha sonora da novela teen Malhação. Atualmente, está em turnê comemorativa por São Paulo.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes