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10 ANOS DE CONEXÕES

Maglore e mais: festival em Salvador terá shows diversos no Pelourinho

Festival Zona Mundi celebra 10 anos com encontros históricos no Pelourinho

Manoela Santos*

Por Manoela Santos*

10/09/2025 - 18:58 h
A banda Maglore é uma das atrações
A banda Maglore é uma das atrações -

Uma conexão entre música, arte, tecnologia e inovação é o que promete a 10ª edição do Festival Zona Mundi. O evento, que acontece de hoje a 14 de setembro, em Salvador, vai reunir 17 apresentações artísticas, além de painéis, hacklabs e rodadas de negócios.

Ao todo, são 20 agentes culturais e artistas do Brasil, Angola e Guiné-Bissau ocupando espaços como o Cinema do Museu, o Complexo Cultural da Barroquinha, os largos Tereza Batista, Pedro Archanjo e Quincas Berro d’Água, no Pelourinho, e o Trapiche Barnabé.

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Para o diretor e curador Vince Athayde, o Zona Mundi nunca foi apenas um festival de música. Ele lembra que desde o início a proposta foi criar um espaço de trocas e construção coletiva.

“Não somos nem uma convenção, nem apenas um festival de mostras. Somos um festival conector que promove encontros e busca soluções conjuntas para iniciativas que ainda precisam de validação do setor. Os hacklabs cumprem esse papel e a programação é pensada para equilibrar ações formativas do mercado e musicais. Primeiro, trocamos ideias e negócios, depois nos jogamos de cabeça na música”, detalha Vince.

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Resistência - Realizar a 10ª edição, segundo Athayde, é um feito que precisa ser celebrado. Ele reconhece que os festivais independentes enfrentam grandes desafios para se manterem.

“Não é fácil fechar as contas. Muitas marcas entendem que o festival é uma excelente plataforma de marketing, mas preferem criar os próprios eventos ao invés de investir nas cenas regionais. Nossa maior dificuldade é manter uma curadoria interessante, atenta às mudanças de comportamento do público, mas sem perder a essência”, reconhece o diretor.

Em 2025, a programação se fortalece com a cocuradoria do projeto Marimba, rede internacional dedicada à produção musical em países de língua portuguesa. Athayde explica que o encontro com os curadores Fernando Sousa e Miguel Ângelo foi decisivo.

“A partir do convite deles, estamos implementando a associação cultural Marimba, no Brasil, sediada em Salvador. A pesquisa feita nos países africanos fortalece a circulação de artistas e permite que eles estejam aqui conosco”, informa.

Para Miguel Ângelo, coordenador geral do projeto Marimba, essa aliança é muito importante. “Ela reafirma o papel do Zona Mundi como espaço de conexão entre música, arte, tecnologia e inovação, além de ampliar significativamente a presença do Marimba no Brasil”.

Ele lembra ainda que há uma ponte histórica entre a música baiana e as tradições africanas, visível na improvisação, nos padrões rítmicos e na chamada-e-resposta. A presença do griot Nino Galissa, herdeiro da tradição mandinga, exemplifica esse diálogo que o festival deseja intensificar.

“As conexões entre a cena musical da Bahia e os países africanos lusófonos são profundas e historicamente enraizadas. As músicas africanas e brasileiras compartilham não só a língua portuguesa, mas também ritmos e expressões corporais fundamentais”, ressalta Ângelo.

Programação - A edição de 2025 será guiada por três eixos complementares. A Zona do Pensamento abre espaço para debates sobre cidades criativas, patrimônio imaterial e o Circuito Petrobras de Festivais.

A Zona Colab promove colaboração por meio de rodadas de negócios e hacklabs focados em tecnologia, produção musical e economia criativa. Já a Zona Integrada concentra as mostras musicais e performances.

Athayde reforça que a curadoria foi pensada para unir linguagens e gerações. “É importante propor algo complementar ao que outros festivais oferecem. Não podemos deixar os novos de fora, nem esquecer quem já está na estrada. Desde 2018, buscamos também articular estéticas entre países do Sul global, criando um espaço onde artistas possam se encontrar e compartilhar suas experiências”.

Nos dias 10 e 11 de setembro, a programação será dedicada a painéis e oficinas. No Cinema do Museu, representantes da Funarte, das secretarias municipal e estadual de Cultura e das Cidades Criativas da Unesco participam de debates.

Já no Complexo Cultural da Barroquinha, acontecem rodadas de negócios e oficinas de produção musical com inteligência artificial e gestão de turnês, além de um painel que conecta o Samba de Roda da Bahia e a Corá de Guiné-Bissau, ambos reconhecidos como patrimônios imateriais pela Unesco.

Na sexta (12.09), os largos do Pelourinho recebem shows gratuitos: Nino Galissa (Guiné-Bissau) e Ana Barroso (BA) no Teresa Batista; Matheus Aleluia Filho (BA) e Rei Hélder do Kuduro (Angola) no Quincas Berro d’Água; e Forró da Gota (BA) com Os Bambas do Nordeste (BA) no Pedro Archanjo.

O festival se encerra no Trapiche Barnabé, nos dias 13 e 14, com o Palco Petrobras. O sábado traz Chico Corrêa (PB), Yayá Massemba (BA), IFÁ (BA) e Academia da Berlinda (PE).

No domingo, sobem ao palco Nara Couto (BA) com participação de Patche Di Rima (Guiné-Bissau), além de Sonora Amaralina (BA), Maglore (BA) e Lazzo (BA), que divide o palco com Céu (SP). As projeções ficam a cargo da VJ vic Zacconi.

Athayde acredita que a pluralidade será a marca da edição de 2025 e reforça a importância da curiosidade do público diante de tantas novidades. “Espero que as pessoas tenham vontade de assistir tanto aos artistas africanos quanto aos baianos. Vai ter corá, kuduro, forró, e encontros históricos como Lazzo e Céu, além de nomes como Academia da Berlinda, IFÁ e Maglore. Essa diversidade é o que define o Zona Mundi”.

Informações completas com dias, horários, artistas e locais podem ser conhecidas no site do evento.

Festival Zona Mundi / 10 a 14 de setembro / Trapiche Barnabé, Pelourinho, Cinema do Museu, Barroquinha/ R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia) / zonamundi.com.br

*Sob a supervisão do editor Eugênio Afonso

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