Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > MÚSICA
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

ENTREVISTA

Melly prepara ‘Amaríssima volume 2’ com músicas inéditas e remixes

Cantora fala sobre carreira, música baiana e representatividade no Programa Papo Reto na A Tarde FM

Por Anne Meire Ribeiro | A Tarde FM

07/01/2025 - 16:09 h
Melly Louise é soteropolitana e um dos nomes mais promissores na música baiana na atualidade
Melly Louise é soteropolitana e um dos nomes mais promissores na música baiana na atualidade -

Melly, ou melhor, Melly Louise, 23, é soteropolitana e um dos nomes mais promissores na música baiana na atualidade. Cantora e compositora, vocação que começou logo na infância quando escreveu seus primeiros versos cantados sobre as nuvens que observara aos 4 anos. Em 2024, foi indicada para o Grammy Latino, além disso, ganhou o prêmio de melhor compositora no WME Awards, premiação dedicada a mulheres da música brasileira, e de artista revelação do Prêmio Multishow em 2023.

Leia também:
>> Baiana é indicada ao Grammy Latino e disputa prêmio com Iza
>> 6 fatos que marcaram a Cultura em 2024
>> "Cada artista fala por si" diz Daniela Mercury sobre mudar Axé

“Amaríssima” é o superlativo do amargo e também o nome do álbum de estreia da cantora. As doze faixas agitaram os streamings nacionais com uma levada de pop, soul e r&b unido a musicalidades baianas. Segundo a própria artista, a obra é sobre o processo pessoal de amadurecimento que muitas vezes “pode ser muito amargo”. Agora, a cantora prepara a versão 2 do álbum, com remixes e músicas inéditas, mas avisa “não posso dizer que em 2025 vou lançar um disco”. Leia a entrevista feita durante o programa Papo Reto, de segunda a sexta às 18 horas na A Tarde FM,103,9.

A Tarde FM: Você já colaborou com vários outros artistas baianos, qual sua relação com o cenário de artistas locais e como eles somam no seu trabalho?

Melly: Quando a gente reconhece aquele tino pelo valor da arte na outra pessoa, a gente acaba se procurando para crescer junto. Eu tive a sorte de conhecer vários artistas legais no caminho, como Russo, que foi um parceiro necessário para fazer Amaríssima. Eu tinha encontrado com ele duas vezes, no máximo, e citei que precisava de um lugar para produzir. Ele me deu a chave do QG do Baianasystem e fiquei lá o ano inteiro sem pagar. Pedi para contribuir com alguma coisa, uma conta de luz e ele: ‘não precisa, pode produzir aí’. Assim eu ficava até de madrugada no estúdio fazendo as coisas. Então fico muito feliz de ter essas pontes, de ter essas pessoas para me ensinarem o caminho.

A Tarde FM: Você acredita que o cenário da Bahia hoje permite você se desenvolver?

Melly: Eu acho que o cenário da Bahia não permite, não. A gente [público] acaba não se apoiando. Eu tenho muito mais público no Sudeste, apesar de ser uma artista que não larga as raízes nordestinas, o meu público está mais concentrado lá do que aqui, faço mais shows lá também. E tudo que eu pesquiso é o que a gente escuta na Bahia: o pagode, o arrocha e o samba. É muito difícil fazer música aqui se você não for um cantor de axé, sertanejo, forró ou de arrocha, que são as coisas mais populares.

A Tarde FM: Como foi a indicação para o prêmio Multishow e como ela impactou sua carreira?

Melly: Tinha um ano e pouco que eu tinha lançado meu primeiro EP, que tem quatro faixas e uma delas é Azul, que acabou furando a bolha. Depois que lancei Azul, as coisas acabaram se repercutindo. Cheguei na premiação do Multishow sem fazer a menor ideia que iria levar o prêmio, porque todos os outros artistas tinham muito mais números. Depois tinha que fazer uma apresentação então eu já estava super feliz, iria cantar com Iza, Lulu Santos e Jão. Já seria muito legal para minha carreira, estava tudo bem massa no meu coração. Quando disseram meu nome, eu ainda não me reconhecia enquanto uma artista potente também. Era tudo muito novo, era novidade. A partir dali, eu acabei ganhando uma confiança maior no que eu sou e no que eu tenho para falar, a mensagem que tenho para passar e quanto é valioso meu estudo, a força do meu trabalho.

A Tarde FM: Como você enxerga ser uma cantora assumidamente lésbica, em um contexto musical brasileiro de poucas mulheres cantando e escrevendo sobre outras mulheres?

Melly: A minha sexualidade nunca interferiu tanto na minha arte, não. Porque eu sempre fui sapatona, cara. E minha família sempre soube. Vejo que muita gente se inspira por eu não me abalar pelo que outras pessoas vão dizer, pelo que a sociedade vai dizer. Eu tento continuar sendo verdadeira para poder inspirar outras pessoas a se sentirem mais confortáveis com a vida delas.

A Tarde FM: Você quer ser enquadrada como uma artista de nicho LGBTQIAPN+?

Melly: Ninguém tá enquadrando ninguém no nicho hétero. Tem gente que é hétero que vai aos meus shows, escuta o meu som. Por exemplo, “Nega” é uma música que compus para outra mulher, mas um homem pode dedicar para uma mulher, ou ao parceiro. Eu odeio essas caixinhas que a gente acaba estruturando por sermos humanos. Mas a música vai além disso e com o tempo vai ser mais normalizado. A gente precisa só manter o pé firme naquilo que acreditamos e o resto será dito.

A Tarde FM: Pode adiantar alguma coisa quais são os próximos planos?

Melly: Eu não posso dizer em 2025 vou lançar um disco, porque eu quero muito ter mais tempo para decidir qual vai ser o caminho dos meus próximos trabalhos. Mas vem aí uma versão 2 de Amaríssima com músicas inéditas e também com remixes. Eu deixei alguns colegas livres para interpretar as faixas que eu já tinha lançado. Eu sou muito da verdade da arte e achei legal trocar com outros profissionais também. Amaríssima eu produzi muito sozinha, tive dois parceiros como DJ Manigga e Ícaro Santiago, mas foi muito um processo individual. Agora eu quero colocar isso no mundo para interpretação das outras artes.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

Amaríssima volume 2 cantora compositora Melly músicas inéditas remixes

Cidadão Repórter

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Melly Louise é soteropolitana e um dos nomes mais promissores na música baiana na atualidade
Play

Web resgata Claudia Leitte trocando hit de Saulo: "Canto pra Javé"

Melly Louise é soteropolitana e um dos nomes mais promissores na música baiana na atualidade
Play

VÍDEO: Samba Salvador é interrompido após fortes chuvas

Melly Louise é soteropolitana e um dos nomes mais promissores na música baiana na atualidade
Play

Vai voltar? Solange Almeida revela decisão com a banda Aviões do Forró

Melly Louise é soteropolitana e um dos nomes mais promissores na música baiana na atualidade
Play

Leonardo quebra silêncio após acusação de trabalho escravo; veja vídeo

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA O CARRASCO POLÍTICA