OLIMPÍADAS
Campeã em Tóquio, Ana Marcela fica na 4ª posição da maratona aquática
Baiana foi ouro na última edição, mas acabou fora do pódio em Paris
Campeã olímpica em Tóquio-2020, a baiana Ana Marcela Cunha não conseguiu repetir o feito e ficou na 4ª colocação da maratona aquática dos Jogos Olímpicos de Paris. No Rio Sena, a nadadora chegou a ficar no top-3 por um tempo, mas não conseguiu sustentar e ficou fora do pódio, com o tempo de 2h4:15,17. O ouro ficou com a holandesa Sharon Van Rouwendaal, seguida pela australiana Moesha Johnson e a italiana Ginevra Tadeucci.
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Além da baiana, o Brasil também contou com a representatividade de Viviane Jungblut, que ultrapassou a linha de chegada na 11° colocação. No Pan-Americano de Santiago-2023, as duas atletas figuraram no pódio, com Ana em 2° e Vivi em 3°.
A holandesa, que já havia conquistado o ouro no Rio-2016, se tornou a primeira atleta da maratona aquática bicampeã olímpica. Em Tóquio, ela foi desbancada pela baiana Ana Marcela, que subiu ao pódio na primeira colocação, sendo a primeira brasileira nesta posição na história dos Jogos.
"É difícil, eu acho que é um abismo de diferença estar em 4° lugar e conseguir uma medalha. Posso falar que em 2008, quando eu fui 5ª, não doeu tanto quanto agora. Há dois anos e meio eu estava passando por uma cirurgia. Um ano atrás eu liguei para minha família, para minha psicóloga e falei que queria parar de nadar, então ter me classificado, ter nadado em Doha, ter me encontrado e estar feliz, é o mais importante. Lógico que a gente queria a medalha, treinamos muito para isso, eu me mudei para a Itália para buscar isso, mas se eu não tivesse feito essas mudanças, talvez eu nem estivesse aqui. Eu tenho que ter muito orgulho do que eu fiz. O 4° lugar, por mais que seja doloroso, eu tenho que manter a cabeça erguida e olhar lá na frente”, disse Ana Marcela após o resultado.
Em continuidade, a baiana também deixou em aberto a sua participação nos Jogos de Los Angeles, em 2028, que seria a sua quinta participação olímpica.
“Não prometo nada para Los Angeles, mas tem Copa do Mundo pela frente, é virar uma página e ver como é que vai ser. Eu estou com 32 anos, uma bagagem muito grande, muitas conquistas e é ver o que eu vou fazer daqui para frente”, comentou a atleta.
Vale lembrar que ainda nesta edição, o Brasil segue com chance de medalha na modalidade. Guilherme Costa, o Cachorrão, vai à água nesta sexta-feira, 9, às 2h30 (horário de Brasília).
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