SALVADOR
"Meu filho depende de mim", desabafa motorista vítima de emboscada
Motorista por aplicativo Lucas teve o carro destruído na saída do aeroporto

Por Bruno Dias | Portal Massa!

Insegurança, tristeza e preocupação. Estes são alguns dos sentimentos que rondam o motorista por aplicativo, Lucas Mendes, que sofreu uma emboscada de uma quadrilha na saída do aeroporto de Salvador e teve um alto prejuízo após ter seu carro destruído pelos criminosos na tarde da última sexta-feira (12).
Pai de uma criança de um ano e cinco meses, Lucas enfrenta dias difíceis desde o acontecido e tem corrido para conseguir ajuda ou renda que contribua para o sustento da casa e da família, enquanto lida com a perda de sua principal ferramenta de trabalho.
"Hoje me encontro com dívidas a serem pagas. Contas de luz, água, internet. Tenho um filho de 1 ano e 5 meses que depende de mim", disse Lucas Mendes.
Batalhador, Lucas relatou em entrevista exclusiva ao MASSA! que trabalha de 12 a 14 horas por dia para arrecadar uma média de R$ 350 e poder pagar as contas. Ele vive essa rotina há cinco anos, desde que entrou para o ramo das corridas, mas nunca passou por algo parecido antes.
"Estou no prejuízo, meu carro está todo quebrado e preciso dele para voltar a trabalhar. Sou Uber há 5 anos e jamais passei por algo nesse nível. Meu carro vai ficar de 15 a 20 dias na seguradora e eu preciso de doações para me manter nesses dias que ele ficará parado", desabafou.
Correria e desespero
O que era pra ser apenas mais um dia de trabalho se tornou um pesadelo na sexta, por volta das 14h20. Enquanto se preparava para iniciar uma corrida na região do bambuzal, no aeroporto, ele e dois passageiros caíram em uma laranjada.
Três carros surgiram do nada e encurralaram as vítimas, impedindo que fugissem pela pista. Em seguida, Lucas contou que cerca de 10 homens saíram dos veículos e anunciaram o assalto, exigindo que o porta-malas fosse aberto. Os elementos roubaram pertences e destruíram seu carro, um Renault Kwid.
"Foi uma situação de terror e muito pânico. Pensei que seria uma execução ou sequestro, só tive reação de abrir o carro e correr pelo matagal", disse Lucas.
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Um boletim de ocorrência foi registrado momentos após o crime, por Lucas e pelos passageiros na delegacia do aeroporto. Em contato com a reportagem, a Polícia Civil informou que imagens de câmeras de vídeo são analisadas e algumas diligências já foram realizadas para identificar os suspeitos.
Enquanto o caso não é elucidado, o rapaz batalha para levar o 'pão de cada dia' para casa, além de ter iniciado a divulgação de uma rifa solidária: "Tô abalado, triste… meu carro é minha ferramenta de trabalho. Cuido tão bem dele e agora ver meu bem todo destruído".
Ainda não há estimativa, segundo o motorista por app, do valor do prejuízo total. Mas, assim como os seus colegas de profissão, ele segue na busca por dias melhores.
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