POLÍCIA
Operação mira lavagem de R$ 5 bilhões ligada ao PCC e fecha 49 postos
Ação policial atinge empresas de fachada, fintechs e fundos usados por facção para movimentar dinheiro ilícito.

Por Luan Julião

Uma investigação sobre movimentações financeiras suspeitas levou a Polícia Civil a fechar 49 postos de combustíveis nesta quarta-feira, 5, no Piauí, Maranhão e Tocantins. A ação integra a Operação Carbono Oculto 86, que apura um esquema de lavagem de dinheiro avaliado em R$ 5 bilhões e vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
As apurações, conduzidas pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí, revelam que o grupo criminoso utilizava postos, empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para movimentar recursos e ocultar o verdadeiro dono do patrimônio. Em Teresina, 16 dos estabelecimentos interditados funcionavam normalmente e agora estão sob investigação.
Esquema milionário
De acordo com os investigadores, as empresas envolvidas apresentaram transações atípicas que somam bilhões de reais, indicando uma complexa rede financeira a serviço da facção paulista.
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A Justiça determinou o bloqueio de R$ 348 milhões em bens, distribuídos entre 10 pessoas físicas e 60 empresas suspeitas de participação no esquema.
Mandados cumpridos em quatro cidades
Durante o cumprimento das ordens judiciais, equipes da Polícia Civil apreenderam documentos e equipamentos em diversos endereços:
- Casas de luxo nos bairros Uruguai e Novo Uruguai, Zona Leste de Teresina;
- Cinco apartamentos nas zonas Leste, Sudeste e Sul da capital;
- E uma residência em condomínio fechado em Araraquara (SP).
A Operação Carbono Oculto 86 reforça o cerco das forças de segurança ao braço financeiro do PCC, que vem expandindo suas atividades para além de São Paulo, utilizando o setor de combustíveis como fachada para movimentar recursos ilícitos.
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