CRÍTICAS DO VICE
Alckmin chama tarifaço de Trump de “golpe na economia”
Vice-presidente subiu o tom contra família do ex-presidente Jair Bolsoanaro
Por Anderson Ramos

O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), disparou críticas pesadas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por causa do aumento da tarifa em 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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Em conversa com a imprensa na quinta-feira, 10, Alckmin afirmou que Bolsonaro e sua família contribuíram para um “atentado à economia” brasileira, após a decisão do governo do republicano.
“O clã Bolsonaro, que já atuava contra o Brasil na gestão passada, agora age de fora do país, atacando o povo, a democracia e nossa economia. Antes era um atentado à democracia; agora, é um golpe na economia, prejudicando empresas e empregos”, disse Alckmin.
O clã Bolsonaro, que já atuava contra o Brasil na gestão passada, agora age de fora do país, atacando o povo, a democracia e nossa economia. Antes era um atentado à democracia; agora, é um golpe na economia, prejudicando empresas e empregos. pic.twitter.com/3lvoIh0S8b
— Geraldo Alckmin 🇧🇷 (@geraldoalckmin) July 10, 2025
Na ocasião, ele também lembrou de pontos negativos durante a gestão do ex-presidente em diferentes áreas de atuação.
"Nós já constatávamos que o clã Bolsonaro trabalhou contra o interesse do país e do povo brasileiro. Se nós formos verificar, na saúde, mais de 700 mil mortos na Covid - três vezes a média mundial pelo negacionismo e a campanha antivacina. Ponto de vista de infraestrutura, uma negação total num país continental como é o Brasil. No ponto de vista do meio ambiente, o maior desmatamento, o que ia comprometer também o agro, porque ia dificultar as exportações brasileiras", comentou.
Em sua carta de anúncio das tarifas brasileiras, Trump classifica a forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente como uma "Caça às Bruxas" e "vergonha internacional".
Reação de Lula
Em entrevista ao Jornal Nacional na quinta-feira, 10, o presidente Lula disse que vai recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) e que, caso a medida se confirme, está disposto a utilizar a Lei da Reciprocidade.
"O Brasil utilizará a Lei da Reciprocidade quando necessário e o Brasil vai tentar junto com a OMC, com outros países, tentar fazer com que a OMC tome uma posição para saber quem é que está certo ou que está errado. A partir daí, se não houver solução, nós vamos entrar com a reciprocidade já a partir de primeiro de agosto quando ele começa a taxar o Brasil", afirmou.
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