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BAHIA

Cresce incômodo de Jerônimo com consórcio da Ponte Salvador-Itaparica

Chineses estariam cobrando valor acima do mercado para construir a ponte Salvador-Itaparica

Por Lula Bonfim

04/07/2024 - 16:09 h
GovBA/Divulgação
GovBA/Divulgação -

O processo de sondagem para a instalação da Ponte Salvador-Itaparica segue avançando na Baía de Todos-os-Santos. Custeado pelo governo da Bahia, o consórcio chinês responsável pela obra já se encontra avaliando o solo em águas profundas, em uma análise que deve ser encerrada ainda em 2024.

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) fez um esforço político para iniciar a sondagem e colocou dinheiro do Estado, enquanto a gestão estadual e os líderes das empresas ainda buscam um novo acordo financeiro para tocar a maior dos últimos tempos na Bahia.

O problema é que, na avaliação de interlocutores próximos ao Palácio de Ondina ouvidos pelo Portal A TARDE, os chineses estariam dificultando o avanço das conversas. Liderado no Brasil pelo empresário Cláudio Villas Boas, o consórcio estaria cobrando agora do governo baiano o valor de R$ 13 bilhões para construir a ponte, mudança que seria estabelecida em um equilíbrio econômico do contrato.

O incômodo da gestão Jerônimo, porém, é que esse valor é aproximadamente o dobro dos R$ 7 bilhões contratados inicialmente com as empresas chinesas.

Governador questiona aumento do valor em relação ao inicialmente acertado com os chineses
Governador questiona aumento do valor em relação ao inicialmente acertado com os chineses | Foto: Mateus Pereira/GOVBA

Segundo o consórcio, o valor sofreu forte impacto da inflação durante o período de enfrentamento à pandemia de Covid-19, necessitando um ajuste grande para a construção da mesma obra. Já o governo Jerônimo acredita que, mesmo com o efeito pandêmico, esse reajuste não deveria ser tão alto e os chineses poderiam estar querendo uma vantagem indevida, ao custo dos cofres públicos estaduais.

Com base em índices inflacionários oficiais, a gestão estadual avalia que o novo valor do contrato ficaria na faixa dos R$ 10 bilhões, consideravelmente abaixo daquele que está sendo pedido por Villas Boas nas negociações.

Insatisfação

O incômodo de Jerônimo já vem sido percebido nas últimas declarações dele sobre a ponte. No último dia 18 de junho, o petista declarou estar “inquieto” diante do ritmo lento das conversas com o consórcio e deixou no ar a possibilidade de relicitar a ponte Salvador-Itaparica.

“Consultarei sempre, antes de fazer qualquer iniciativa, o TCE [Tribunal de Contas do Estado]. Não farei nada descoberto. Mas terei coragem. Isso vocês podem ter certeza: eu terei coragem de tomar decisão que for precisa, para que a gente possa fazer acontecer a ponte”, disse Jerônimo, na oportunidade.

A solução seria a mesma da realizada com o VLT de Salvador. Naquele caso, com o suporte jurídico da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e do TCE, Jerônimo decidiu cancelar o contrato com os chineses da Metrogreen Skyrail, que pedia um grande aumento de valor para instalar o monotrilho no Subúrbio, e anunciou uma nova licitação para o modal.

A ideia deu certo e o governador já deu ordem de serviço para a construção do VLT de Salvador, agora com um projeto maior e com possibilidade de mais impacto no dia-a-dia da cidade, com um traçado muito além do Subúrbio Ferroviário.

“Eu estou disposto a fazer isso com a ponte. Não tenho problema nenhum. A Bahia me elegeu para isso, para eu tomar decisões, tomar decisões acertadas. Eu não me furtarei à decisão que for tomada, depois de esgotadas as negociações com o consórcio chinês, no diálogo com o TCE e, naturalmente, minha equipe técnica”, declarou o governador.

Essa possibilidade, entretanto, tem sido avaliada com cuidado por Jerônimo, que não quer aumentar o descrédito da obra, sonhada há décadas no estado, mas que nunca saiu do papel. Para o governador, o cancelamento do contrato e o lançamento de um novo processo licitatório só deve ser realizado em último caso.

Ainda apostando no contrato atual, Jerônimo tem pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para que pressionem o governo chinês a intervir nas negociações. Brasil e China possuem boas relações políticas e o governador acredita na boa-vontade das lideranças políticas chinesas para encontrar uma solução.

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Tags:

Finanças Públicas Governo da Bahia infraestrutura relações Brasil-China

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