MOBILIDADE
Governo Jerônimo quer estudos sobre VLT no Centro e na Ribeira
Intenção foi confirmada ao Portal A TARDE pela secretária Jusmari Oliveira
Por Lula Bonfim
Após a assinatura da ordem de serviço para a construção do VLT de Salvador na última sexta-feira, 14, a secretária estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Jusmari Oliveira (PSD), confirmou ao Portal A TARDE que o governo da Bahia quer contratar estudos para instalar o modal também no Centro Histórico e na Península de Itapagipe.
Os detalhes não são muitos, porque, neste momento, não há um projeto para os empreendimentos. Porém, conforme apuração do Portal A TARDE, para o Centro Histórico, a ideia é devolver a essa região antiga da cidade um transporte de trilhos, como já houve no passado, com os tradicionais bondes.
Já na Península de Itapagipe, o governo tem a intenção de estender o modal de VLT que atualmente está em construção. Os trens sairiam a partir da Estação da Calçada em direção ao bairro da Ribeira, dando à população itapagipana a possibilidade de acesso ao Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMSL).
“Pode afirmar: é desejo nosso, é pensamento nosso. Lá tem a borda viária da Baía de Todos-Os-Santos. Se você olhar o nosso catálogo de apresentação de projetos, é tudo que nós desejamos que a Bahia seja. Se vamos conseguir tudo, não sei. Mas nós temos que pedir e temos que ir para cima”, confirmou Jusmari ao Portal A TARDE.
“É claro que o Estado não tem dinheiro para tudo. Mas a gente tem sonhos, planejamentos e projetos”, acrescentou a titular da Sedur.
O governo de Jerônimo Rodrigues (PT) chegou a cadastrar no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) um pedido de recursos para a contratação de estudos de viabilidade para os projetos. A solicitação, entretanto, foi recusada pelo Ministério da Casa Civil.
“Tudo que nós colocamos naquele catálogo do PAC é intenção nossa, um dia, realizar. Se vamos conseguir, não sei. Mas nós vamos lutar e vamos buscar recursos. Nós já estamos aqui em uma obra importante [VLT entre o Subúrbio, Águas Claras e Piatã], que foi uma luta desse tipo”, explicou Jusmari.
O pedido de recursos federais foi para a contratação de estudos de viabilidade e para a elaboração dos projetos. Para Jusmari, a recusa da solicitação não é definitiva e, mesmo que não haja verbas nacionais para a ideia, o planejamento não será engavetado.
“Saindo esse recurso, o que até agora não conseguimos, nós vamos ter esse projeto na mão. E, quando tivermos o projeto, nós vamos buscar os recursos para a obra. Esperamos estar ativos e prontos para buscar esses recursos. Isso não quer dizer que, se não sair lá [no PAC], nós vamos abandonar o projeto. Não. Dentro das nossas prioridades, eles poderão estar a qualquer momento — se lá [PAC] não der certo — sendo elaborados com recursos nossos”, garantiu a secretária.
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