FOI A FAVOR
Isidório explica voto em projeto que proíbe casamento homoafetivo
Deputado baiano disse respeitar todos, mas que seguiu convicção religiosa
Por Alex Torres e Daniel Genonadio
O deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante) justificou o seu voto favorável ao projeto que proíbe casamento homoafetivo e foi aprovado na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados na terça-feira, 10. Ao Portal A TARDE, ele disse respeitar todos, mas que seguiu convicção religiosa.
"Fui eu quem fiz entender a necessidade de não prejudicar o gay, a lésbica, que existem, pagam impostos, são cidadãos. Agora, o que eu fiz questão foi a proteção das igrejas e dos templos sagrados, bem como deixar garantido que nenhum líder religioso seja obrigado a realizar solenidade ou celebrar união. O casamento de homem com homem não está previsto na Constituição, a palavra casamento é recepcionada a homem com mulher", disse à reportagem de A TARDE.
"Não tenho nada contra as pessoas, o meu voto não se deu apenas pela minha opinião religiosa. A bíblia relata que é homem e mulher a união. A questão da constituição. Se o pessoal que se relaciona quiser a palavra casamento terá que fazer uma PEC e aí vai para plenário, sociedade será ouvida", acrescentou.
>> Políticos reagem à aprovação de PL que proíbe casamento homoafetivo
Apesar da declaração de Isidório, em 2011, o casamento homoafetivo foi considerado constitucional e regulamentado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Na decisão, a Corte reconheceu que o Artigo 5º da Constituição, ao definir que todos são iguais perante a lei "sem distinção de qualquer natureza", garante o direito ao casamento para casais do mesmo sexo.
Após o voto de Isidório, as críticas recaíram também sobre o governador Jerônimo Rodrigues (PT), já que o deputado compõe a base do governo baiano. O parlamentar foi questionadro sobre o impacto negativo do seu voto.
"Eu conheço o governador. Ele democrata, a gente pode ter no PT, no PSOL, quem não seja democrata e queira mexer na nossa fé, mas não é o caso do governador, que respeita todo mundo e toda convicção religiosa, como eu. Nós não podemos fazer intolerância religiosa. Eu honro o nome de Jesus e votei com a minha consciência cristã. Mas lá como deputado não pudia desrespeitar e tirar os direitos e garantias civis", falou.
Veja entrevista completa abaixo:
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