MOBILIDADE
No subsolo, Estação Campo Grande será a mais funda do metrô de Salvador
Estudos prévios do governo da Bahia apontam que estação pode ter até 60 m de profundidade
Por Lula Bonfim
Atualmente, o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMSL) possui apenas duas paradas no subterrâneo da capital baiana: as estações Campo da Pólvora e Lapa. Com a aprovação de recursos por parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a Estação Campo Grande se juntará às outras duas no subsolo da cidade, mas com uma profundidade recorde.
De acordo com o anteprojeto do Tramo 4 da Linha 1 (também chamado de “Expansão Sul) do SMLS, obtido pelo Portal A TARDE, a tendência é que a Estação Campo Grande tenha pelo menos cinco pavimentos no subterrâneo do Centro Antigo de Salvador, podendo chegar a até 60 metros de profundidade.
Hoje, a estação em funcionamento mais profunda de Salvador é a Campo da Pólvora, que possui três pavimentos no subterrâneo da cidade, em uma profundidade de 34 metros, conforme dados oficiais da CCR Metrô Bahia, concessionária do sistema.
VEJA MAIS:
>> Jerônimo desapropria área para ampliar Aeroporto de Feira de Santana
>> Início de obras do VLT de Salvador pode ser antecipado; entenda cenário
>> PAC libera verba para projetos do VLT na Ribeira e no Comércio
A construção de uma nova estação subterrânea no Centro Antigo de Salvador demanda, por parte do governo do estado, uma maior preocupação, já que essa região da cidade possui diversas edificações, muitas delas tombadas como patrimônio histórico e cultural.
Consultado pela Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) ressaltou que o Teatro Castro Alves (TCA), prédio que está localizado nas proximidades de onde deverá ser instalada a nova estação, é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) e recomendou que a obra tome os devidos cuidados com as edificações da região.
“Recomenda-se que, o referido projeto, como será elaborado e construído, certamente, em uma parceria entre os órgãos e empresas envolvidas, tenha como um de seus alicerces a preocupação com o cuidado e respeito à importância histórica nos elementos encontrados em todo o seu percurso, como monumentos, edificações, fontes e áreas tombadas”, diz um ofício do IPAC dirigido à CTB.
O órgão solicitou ainda que tanto a gestão estadual quanto a empresa que ficará responsável pela construção — no caso, a CCR Metrô Bahia — tenham em mente a utilização de materiais leves, como vidros e acrílicos, na execução das saídas da Estação Campo Grande para a superfície.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes