BENEFÍCIOS FISCAIS
Otto justifica voto do filho: "incentivos sem teto, o que é correto"
Reforma Tributária foi aprovada na Câmara, mas voto de Otto Filho em destaque gerou polêmica
Por Lula Bonfim e Lucas Franco
Durante o lançamento do edital de licitação para as obras de duplicação da Rua Artêmio Valente, trecho da Praça Júlio Rêgo até a via Mário Sérgio (Via Barradão), no bairro da Canabrava, nesta segunda-feira, 24, o senador Otto Alencar (PSD-BA) saiu em defesa do voto do filho na Câmara. O deputado federal Otto Alencar Filho (PSD-BA) votou a favor do destaque que impede prorrogação de benefícios fiscais, na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 045/19, mais conhecida como Reforma Tributária.
"Primeiro que não foi ele que retirou, vários deputados deram o mesmo voto", argumenta o senador, que justificou a decisão do seu herdeiro político. "Ele defendia, o que é correto até, que os incentivos não tivessem teto. Até porque, por exemplo, a Bahia precisa trazer em 2025 uma empresa de calçados para uma cidade do interior. Se não tiver incentivo, a empresa não vem. Então o que ele não queria era o teto, mas que esses incentivos permanecessem, só isso que ele defendeu", concluiu.
Sobre o destaque de benefícios fiscais
O trecho em questão prorrogava benefícios fiscais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até dezembro de 2032 para projetos industriais aprovados até o fim deste ano. Com isso, a concessão do benefício feito para a BYD não estará no texto que será encaminhado para votação no Senado.
Para que o destaque fosse suprimido, a matéria precisava de 308 votos, mas só teve 307. O único voto baiano, considerado como "traíra" por alguns membros da classe política e duramente criticado nas redes sociais, foi o de Otto Alencar Filho.
Eleições 2024
Perguntado sobre como seu grupo político tem se articulado para as eleições municipais do ano que vem, Otto diz enxergar que é muito precoce definir um nome no momento. "Tem o conselho político que precisa ser ouvido. O coordenador do conselho é o governador e eu participo dele. Os partidos vão participar e lá na frente vai se decidir", argumentou Otto.
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"Claro que nomes sempre vão ser citados e quem mais cita nomes é a imprensa. Você imaginava que Jerônimo seria governador?", concluiu o senador.
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