POLÍTICA
Baiana é cotada para assumir lugar de Anielle Franco em Ministério
Movimentos negros e sociedade civil apoiam Marina Laís Duarte, reconhecida por militância e articulação em políticas de igualdade racial

Por Redação

Com a provável saída antecipada da ministra Anielle Franco do Ministério da Igualdade Racial (MIR) para disputar as eleições de 2026, lideranças do movimento negro e organizações da sociedade civil começam a articular o nome da baiana Marina Laís Duarte como possível sucessora, indicando um novo ciclo à frente do ministério.
Vice-presidenta do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) e dirigente nacional da Unegro, Marina tem trajetória marcada pela militância de base e pela defesa intransigente da participação popular na formulação de políticas públicas.
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Reconhecida por construir pontes entre governo e sociedade civil, foi uma das principais articuladoras da 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CONAPIR), processo que consolidou a convergência entre entidades do movimento negro e os estados nas etapas preparatórias.
Com trânsito respeitado no Parlamento e no governo federal, Marina é considerada uma das principais referências na luta pela reparação histórica, pela transversalidade das políticas de igualdade racial e pelo enfrentamento ao racismo institucional. Militante histórica, tem contribuído para consolidar o controle social e ampliar o alcance das políticas públicas voltadas à população negra, povos tradicionais e juventude periférica.
Entre os movimentos e organizações que manifestam apoio ao seu nome estão o Coletivo de Entidades Negras, Convergência Negra, Movimento Negro Unificado (MNU), Enegrecer, Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), Rede Amazônia Negra, Centro de Estudos e Defesa dos Negros do Pará (Cedenpa), Malungu, Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs), União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana e Alma Preta Jornalismo.
A sucessão no MIR é vista como estratégica para garantir continuidade e força a uma agenda de Estado, que avance com escala e permanência nas pautas centrais do movimento negro: reparação econômica, proteção dos territórios tradicionais, combate ao genocídio da juventude negra e construção de pactos federativos sólidos em torno da igualdade racial.
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