POLÍTICA
Blocos afro podem se tornar Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia
Projeto de lei na Alba propõe reconhecer blocos afros, reforçando a preservação da cultura afro-brasileira e valorizando

Por Flávia Requião

Os blocos afro poderão ser oficialmente reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia, segundo projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa do Estado (Alba), em iniciativa que reforça a preservação e valorização da identidade cultural afro-brasileira.
O Projeto de Lei nº 25.965/2025, encaminhado a Casa pelo deputado Radiovaldo Costa, define blocos afro como grupos culturais e carnavalescos responsáveis por promover desfiles, músicas, danças, estética, práticas e tradições, especialmente durante o Carnaval.
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Em sua justificativa, o parlamentar detalha que o reconhecimento dos blocos afro como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia visa preservar sua relevância histórica, cultural e social, reforçando a identidade afro-brasileira, promovendo a diversidade cultural e fortalecendo o desenvolvimento socioeconômico do estado.
"O reconhecimento dos blocos afro como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia representa medida estratégica de múltiplos impactos que propõem a promoção de uma justiça racial que valorize a diversidade cultural, fortaleça o setor criativo e consolide o estado como referência nacional e internacional na preservação das culturas de matrizes africanas da cultura brasileira”, diz o texto.
Bloco afro
Um bloco afro é um grupo cultural e carnavalesco, surgido especialmente na Bahia, que une música, dança, estética, religiosidade e tradição afro-brasileira. Mais do que um grupo de carnaval, é uma manifestação cultural e política, com raízes na valorização da história e identidade da população negra.
O primeiro bloco afro surgiu em novembro de 1974 em Salvador: o Ilê Aiyê, criado em plena ditadura militar como expressão de resistência cultural, inspirado nos ideais de líderes como Zumbi dos Palmares, Dandara e Nelson Mandela. O bloco não se limita ao Carnaval: atua o ano todo, promovendo formação cultural, musicalização e educação para crianças e adolescentes, especialmente em comunidades negras.
Desde então, outros blocos afro surgiram pelo Brasil, cada um com características próprias, mas sempre mantendo como essência o fortalecimento da cultura afro-brasileira.
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