POLÍTICA
Bolsonaro se diz perseguido e não descarta refúgio em embaixada
"Se eu devesse alguma coisa, estaria nos Estados Unidos, não teria voltado", disse ex-presidente
Por Redação
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não descarta se refugiar em uma embaixada caso tenha sua prisão decretada ao final do processo penal. Indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022, Bolsonaro se diz perseguido e diz temer ser preso por conta da acusação.
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"Embaixada, pelo que vejo na história do mundo, quem se vê perseguido, pode ir para lá", disse em entrevista ao UOL. "Se eu devesse alguma coisa, estaria nos Estados Unidos, não teria voltado."
“Vivemos num mundo das arbitrariedades. Agora eu não posso ir dormir preocupado de que a PF vai estar na minha casa amanhã cedo. Eu já tive três [operações de] busca e apreensão, tá? Absurdas, absurdas. Corro risco, sem dever nada, corro risco. [O STF] Vai fazer a arbitrariedade, vamos ver as consequências”, comentou.
Ele admite ter conversado sobre "artigos da Constituição" com os comandantes das Forças Armadas para "voltar a discutir o processo eleitoral" após o pleito de 2022, mas diz que a ideia logo foi "abandonada".
Bolsonaro nega ter ciência de plano para prender ou matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
O ex-presidente foi indiciado pela PF, mas a denúncia cabe ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.
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