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Bolsonaro volta a fazer ameaças na Paulista e diz: ‘A paciência do povo acabou’

Publicado terça-feira, 07 de setembro de 2021 às 16:16 h | Atualizado em 07/09/2021, 17:58 | Autor: Da Redação
Milhares de pessoas participam de manifestação na Avenida Paulista
Milhares de pessoas participam de manifestação na Avenida Paulista -

Diante de milhares de apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que não vai mais admitir as “interferências” do Supremo Tribunal Federal (STF) e a defender o voto impresso nas eleições de 2022, proposta que já foi derrubada em votação pela Câmara de Deputados.

De acordo com ele, a paciência do povo acabou. “Nós queremos eleições limpas, democráticas, com voto auditável e contagem pública de votos. Não posso participar de uma farsa patrocinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral”, afirmou ele, em referência ao presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.

Bolsonaro chamou de “canalha” o ministro Alexandre de Moraes e afirmou não cumprirá mais decisões judiciais. “Ou esse ministro se enquadra ou ele pede para sair. Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas turve a nossa liberdade”, afirmou ele, se referindo a Moraes.

O mandatário continua com as ameaças em seu discurso. "Nós devemos sim, porque eu falo em nome de vocês, determinar que todos os presos políticos sejam postos em liberdade. Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou."

E garantiu quw não "admitirá" medidas do ministro que atingem seus aliados. “Não vamos admitir pessoas como Alexandre de Moraes continue a açoitar nossa democracia e açoitar nossa Constituição. Ele teve oportunidade de agir com respeito a todos nós, como continua não agindo”.

Já no fim de seu discurso, Bolsonaro voltou a dizer que só deixará o cargo se for a vontade de Deus. “Nesse momento, eu quero mais uma vez agradecer a todos vocês. Agradecer a Deus, pela minha vida e pela missão, e dizer aqueles que querem me tornar inelegível em Brasília que só Deus me tira de lá."

Em seguida, o presidente disse que só existe três opções para o seu futuro político - “ser preso, morto ou sair com a vitória”. E emendou: “Quero dizer aos canalhas que eu nunca serei preso”.

Bolsonaro lembrou as críticas aos governadores e prefeitos que determinaram o fechamento de comércio e serviços enquanto ainda não havia, no Brasil, vacina para a Covid-19. “Vocês passaram momentos difíceis com a pandemia”, afirmou para o público majoritariamente sem máscara. “Pior que o vírus foram ações de alguns governadores e prefeitos que ignoraram a Constituição, onde tolheram a liberdade de expressão, o direito de ir e vir, proibiram vocês de trabalhar e frequentar tempos e igrejas para oração”.

Milhares de manifestantes tomaram a Avenida Paulista, desde o final desta manhã desta terça-feira, para apoiar Bolsonaro. Além dos protestos, os manifestantes também gritaram palavras de ordem contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

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