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DIPLOMACIA

Brasil critica cerco naval dos Estados Unidos contra a Venezuela

Governo venezuelano convocou uma reunião de emergência na ONU para tratar sobre o tema

Gustavo Nascimento

Por Gustavo Nascimento

23/12/2025 - 20:42 h | Atualizada em 23/12/2025 - 21:24
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, aperta a mãe de Lula, presidente do Brasil
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, aperta a mãe de Lula, presidente do Brasil -

O Brasil se manifestou de forma contrária à mobilização militar dos Estados Unidos no Caribe e ao bloqueio naval imposto à Venezuela, afirmando que a postura norte-americana viola a Carta das Nações Unidas e que as ações devem ser interrompidas de forma imediata.

O posicionamento foi dado nesta terça-feira, 23, pelo embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Sérgio Danese, durante uma reunião de emergência convocada a pedido governo venezuelano, em meio à escalada das tensões com os Estados Unidos.

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“A força militar reunida e mantida pelos Estados Unidos nas proximidades da Venezuela e o bloqueio naval recentemente anunciado constituem violações da Carta das Nações Unidas. Portanto, devem cessar imediata e incondicionalmente em favor da utilização dos instrumentos políticos e jurídicos amplamente disponíveis”, declarou Danese.

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O diplomata também destacou que o Brasil defende o multilateralismo e que conflitos como esse sejam solucionados de forma pacífica e em conformidade com as diretrizes internacionais. Ele ainda afirmou que medidas de coerção como as que os EUA têm adotado não encontram respaldo na Carta da ONU.

“Medidas coercitivas unilaterais não têm fundamento na Carta das Nações Unidas e, muito menos, podem ser implementadas por meio do uso ou da ameaça da força. Soluções baseadas na força são totalmente contrárias às melhores tradições e ao compromisso com a paz assumido pela América Latina e pelo Caribe.”, acrescentou ele.

Sérgio Danese também destacou que o Brasil se coloca à disposição para contribuir com uma saída diplomática para a crise. “O Brasil convida ambos os países a um diálogo genuíno, conduzido de boa-fé e sem coerção. Como o presidente Lula já declarou publicamente, seu governo estará preparado para colaborar, se necessário”, concluiu.

Contexto de tensões

Os Estados Unidos aumentaram sua presença militar na região do Caribe nos últimos quatro meses, sobretudo ao longo da costa venezuelana, com o argumento de combate ao narcotráfico na região.

A versão do governo de Donald Trump é negada por Nicolás Maduro, que acusa os EUA de tentar promover uma mudança de regime, além de uma tentativa de garantir acesso às reservas de petróleo do país, que são as maiores do mundo.

Neste sentido, na última semana, Trump anunciou um bloqueio total a petroleiros sancionados que entrem ou saiam da Venezuela, intensificando a pressão contra o governo de Nicolás Maduro. O bloqueio inclui apreensões de embarcações, como o petroleiro Skipper, detido recentemente por autoridades americanas.

Governo Trump dobra a aposta

Na reunião realizada nesta terça-feira no Conselho de Segurança, o embaixador dos EUA na ONU, Mike Waltz, reforçou o posicionamento adotado pelo país e disse que o governo seguirá aplicando sanções “com o máximo rigor” para impedir que Maduro tenha acesso a recursos financeiros.

Ele ainda afirmou que a venda de petróleo permitiria ao presidente venezuelano sustentar uma “reivindicação fraudulenta do poder” e atividades ligadas ao narcotráfico.

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