LAVA JATO
CNJ retira processo sobre Sergio Moro da pauta
Decisão foi anunciada pelo corregedor nacional da Justiça, Luis Felipe Salomão
Por Gabriela Araújo

Os ministros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiram na tarde desta terça-feira, 16, desmembrar do julgamento o parecer sobre o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) relacionado as irregularidades da Operação Lava Jato. Os magistrados estão analisando o caso no plenário da Corte.
A decisão foi anunciada pelo corregedor nacional da Justiça, Luis Felipe Salomão, após o anúncio para apresentação da defesa do congressista, representada pelo advogado Luis Felipe Cunha. Na ocasião, o advogado foi chamado pelo presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso.
“Em relação ao senador Moro foi o único que não teve cautelares. Então, eu acho que para a fluência melhor dos trabalhos, eu desmembro o feito em relação ao senador Moro, retiro o encaminhamento do voto em relação a ele e seguimos o julgamento só em relação aos magistrados em atividade”, propôs o juiz.
Com o aval de Salomão, o processo que julgaria a conduta do parlamentar, considerado o principal juiz da Lava Jato, que resultou na prisão do presidente Lula (PT), em março de 2014, foi retirado da pauta da sessão.
A exclusão da análise da defesa de Moro, segundo o corregedor, poderia “misturar as estações”. Nesse sentido, ele optou apenas por julgar os magistrados em exercício, a exemplo da juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Criminal de Curitiba e dos desembargadores Loraci Flores de Lima e Carlos Eduardo Thompson Flores, e o juiz federal Danilo Pereira Júnior, que foram afastados das funções na segunda, 15.
Os juízes estão reunidos em plenário para apurar as irregularidades em decisões que autorizaram o repasse de mais de R$ 2 bilhões à Petrobrás, sem o devido processo legal, entre 2015 e 2019.
Em mais um desdobramento sobre o caso promovido pelo CNJ, os magistrados apontaram que Moro junto com Hardt e o deputado cassado, Deltan Dallagnol, desviaram R$ 2,5 bilhões do Estado brasileiro, com o objetivo de criar “uma fundação voltada ao atendimento a interesses privados”.
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