BRASIL
Jean Wyllys se manifesta sobre espionagem de Bolsonaro; confira
Ex-deputado baiano teria sido monitorado pela ‘Abin paralela’ durante o governo Bolsonaro
Por Da Redação
O ex-deputado federal baiano Jean Wyllys (PT) se manifestou, nesta sexta-feira, 12, sobre as revelações da Polícia Federal (PF) de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) o monitorava durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o ex-parlamentar, a notícia não chegou a surpreender, mas serviu de gatilho para o sentimento de pânico.
“Embora eu intuísse que o governo Bolsonaro — uma organização criminosa de extrema-direita envolvendo militares de altas patentes — espionava-me e à minha família, saber das provas disso não deixa de me abalar e de servir de gatilho de pânico. Como gente desse nível de banditismo pode ter sido eleita para o governo federal? Essa é um pergunta retórica porque sabemos como: à base da mentira organizada e de violências”, declarou Jean, em nota encaminhada ao Portal A TARDE.
Jean lembrou ainda o assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, para apontar que corria risco de vida frente ao bolsonarismo e sua ascenção ao governo federal. Segundo ele, foi devido a isso que partiu para o exílio, logo após a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018, após recomendação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada a Organização dos Estados Americanos (OEA).
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“Não podemos separar o empoderamento desta organização criminosa do assassinato de Marielle Franco em 2018. Logo, se eu estava sendo espionado por ela, era porque esta pretendia me fazer algo muito pior do que o assédio, as reiteradas calúnias difundidas aos milhões e a difamação sistemática perpetradas contra mim nas mídias sociais e em igrejas pelos membros da organização com mandato e sem mandato parlamentar, colocando-me e à minha família em sério risco de morte. Os danos produzidos por isto estão presentes em nossas vidas”, afirmou Wyllys.
Segundo a PF, o ex-deputado e seus familiares foram espionados em 2020 pela chamada ‘Abin paralela”, no período em que ele se encontrava nos Estados Unidos, dando aula na Universidade Harvard.
Jean e Bolsonaro possuem uma antiga rivalidade política, desde o período em que ambos ocuparam, ao mesmo tempo, cadeiras na Câmara dos Deputados, em Brasília. Em 2016, o baiano, então filiado ao PSOL, chegou a cuspir no adversário, durante a votação do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).
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