FIRST MILE
Espionagem da Abin envolvia sistema paralelo pago em dólar e euro
Abin 'paralela' foi instalada durante governo Bolsonaro (PL) para monitorar o ministro do STF, Alexandre de Moraes
Por Da Redação
A investigação da Polícia Federal (PF) sobre o esquema de espionagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) revelou, nesta quinta-feira, 11, o uso de sistemas “paralelos” que seriam pagos em dólar e em euro. A tecnologia, segundo os agentes federais, nomeada de ‘First Mile’, era utilizada para monitorar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sem deixar rastros.
"O avanço das investigações permitiu a descoberta de que o sistema First Mile era tão somente uma das ferramentas utilizadas nas ações clandestinas do grupo. Identificou-se, inclusive, o uso de sistemas ilegítimos, pagos em moeda estrangeira (dólar/euro), que facilitavam a ocultação de rastros nos casos de alvos mais sensíveis", disse o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
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O uso da ferramenta descoberta através da Operação Última Milha, da PF, foi destacada em parecer pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O documento sobre a chamada Abin ‘paralela’, instalada durante o governo Bolsonaro (PL), destaca que o militar Giancarlo Gomes Rodrigues, comandava o esquema com o uso de moedas estrangeiras.
"O outro sistema paralelo que uso está em manutenção e amanhã vou renovar a assinatura daqueles dois outros sistemas que eu assino. Depois te falo o valor pq depende da cotação do euro e do dólar", diz a mensagem.
Caso veio à tona após Moraes derrubar o sigilo da investigaçãosobre a Abin, após pedido da PF.
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