BRASIL
Sob Bolsonaro, ‘Abin paralela’ espionou Jean Wyllys e familiares
Polícia Federal tem investigado uso da Abin por Bolsonaro para perseguir adversários políticos
Por Da Redação
A Polícia Federal (PF) revelou na quinta-feira, 11, que o ex-deputado federal baiano Jean Wyllys (PT) e seus familiares foram espionados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-parlamentar havia se exilado no exterior, temendo ações dos bolsonaristas contra a sua segurança.
“Os investigados empregaram todos os esforços inclusive com a realização de ações clandestinas em relação aos parentes do monitorado [Jean Wyllys]”, apontou o relatório da PF sobe o caso que ficou conhecido como ‘Abin paralela’.
Em uma das imagens presentes no relatório da PF sobre o caso, um membro da Abin conta para o colega como conseguiu identificar o número de telefone celular que estava sendo utilizado por Jean, no período em que ele se encontrava nos Estados Unidos, dando aulas na Universidade de Harvard.
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“Fala, amigão. Eles são muito ariscos. Trocam o chip a todo instante. Mas consegui um número que o Jean usou para baixar o Telegram”, escreve um dos interlocutores em uma das conversas de WhatsApp obtidas pela PF.
Em outra imagem, os integrantes da organização de espionagem sinalizavam que Jean estava mesmo nos Estados Unidos, usando como perfil no WhatsApp uma foto de sua irmã.
Jean e Bolsonaro possuem uma antiga rivalidade política, desde o período em que ambos ocuparam, ao mesmo tempo, cadeiras na Câmara dos Deputados, em Brasília. Em 2016, o baiano, então filiado ao PSOL, chegou a cuspir no adversário, durante a votação do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).
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