Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > política > BRASIL
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

Pré-candidata do PCB diz que pretende ganhar eleitorado do PT

Sofia Manzano alega que pacto com centro e direita não é a melhor maneira de derrotar Jair Bolsonaro (PL)

Por Lucas Franco

15/02/2022 - 10:36 h | Atualizada em 15/02/2022 - 10:48
Sofia Manzano é professora em Vitória da Conquista, Sudoeste do estado
Sofia Manzano é professora em Vitória da Conquista, Sudoeste do estado -

A lista de pré-candidatos à presidência da República chegou a treze nesta segunda-feira, 14, com o anúncio da pré-candidatura de Sofia Manzano, do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que é professora da Universidade Estadual Do Sudoeste Da Bahia (UESB), em Vitória da Conquista.

Com pouco tempo previsto para propaganda eleitoral na televisão, pelo fato de o PCB não ter cadeiras na Câmara, requisito que garante 90% do tempo na TV pelas regras da Justiça Eleitoral, a professora e economista propõe suprir a pouca visibilidade midiática com presença na rua e radicalização das pautas. “Isso não nos desanima [pouco tempo de TV], muito pelo contrário, nós iremos falar com as trabalhadoras e os trabalhadores cara a cara, mostrar para eles o que é possível e necessário fazer”, disse a pré-candidata do PCB, ao citar algumas de suas pautas. “Revogar não só a lei do teto de gastos e as privatizações e contrarreformas, mas vamos além. O país tem que acabar com a Lei de Responsabilidade Fiscal e substituí-la por uma Lei de Responsabilidade Social, quer dizer, enquanto houver uma brasileira ou brasileiro passando fome, desempregado, sem moradia, sem acesso à educação e à saúde, deve ser obrigação do Estado prover, antes de qualquer outro gasto”.

A prioridade nas eleições, segundo a pré-candidata do PCB, é derrotar Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. Sua estratégia e de seu partido, no entanto, divergem com a do líder atual das pesquisas para a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Todos nós queremos derrotar Bolsonaro de qualquer forma. No entanto, a população brasileira merece ter uma alternativa que vá além do pacto conservador que se desenha pela candidatura do Lula. Eu acredito que muita gente que até votou no PT no passado vai apoiar nossas propostas porque sabe que não há saída efetiva para o país a não ser construir o caminho para o socialismo”.

A menos de oito meses das eleições, que tem o primeiro turno previsto para o dia 2 de outubro, Sofia Manzano não descarta possíveis alianças com outros partidos de esquerda, embora rechace possibilidade de ajustes nas pautas. “Estamos ainda no momento da pré-campanha, por isso, ainda não sabemos se outros partidos políticos, como a UP [Unidade Popular] e até mesmo o PSOL [Partido Socialismo e Liberdade], estarão dispostos a reeditarem a Frente de Esquerda como já fizemos em outras eleições, em conjunto também com o PSTU [Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado]”. O PSOL, atualmente, tem conversas com a Rede Sustentabilidade para formar uma federação, embora o martelo ainda não tenha sido batido.

O combate à inflação, incluindo uma das pautas urgentes discutidas no Congresso, que incluem PECs para diminuírem os preços dos combustíveis, para Sofia, depende de uma mudança radical na política energética e é uma das pautas que sua pré-candidatura, segundo ela, não abrirá mão, em caso de eventuais alianças. “A nossa proposta é de uma reestatização da Petrobrás e com isso, retomar o controle do Estado sobre essa riqueza e sobre sua gestão. Reestatizar o sistema elétrico é outra medida urgente”. Perguntada sobre alternativas energéticas autossustentáveis, a pré-candidata do PCB disse enxergar que o problema está na estrutura destas alternativas de menor impacto ambiental. “Mesmo a expansão da produção da energia heólica e solar está comprometida porque o setor elétrico não avançou na construção de linhas de transmissão que dê conta de escoar essa energia limpa produzida”.

Um dos possíveis aliados de Sofia na pré-campanha no estado da Bahia é o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), com quem o PCB tem diálogo. “Penso que essa parceria poderá ser mantida, mas vai depender dos debates e decisões do Comitê Regional do PCB aqui na Bahia em conjunto com o Comitê Central, que é nossa instância máxima de direção”, disse a pré-candidata.

Os outros doze pré-candidatos à presidência da República são Aldo Rebelo (Sem partido), Alessandro Vieira (Cidadania), André Janones (Avante), Ciro Gomes (PDT), Felipe d'Ávila (Novo), Leonardo Péricles (UP), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), João Doria (PSDB), Rodrigo Pacheco (PSD), Sergio Moro (Podemos) e Simone Tebet (MDB).

Algumas destas pré-candidatura, no entanto, não são unanimidade em seus partidos, a exemplo da de Rodrigo Pacheco, pois correligionários seus, inclusive na Bahia, já declaram publicamente apoio a Lula, assim como a de João Doria, vencedor das prévias do PSDB no final do ano passado, mas que tem conversado com o pré-candidato Sérgio Moro. Simone Tebet, por sua vez, tem alguns dos seus correligionários mais importantes, como o senador Renan Calheiros, apoiando publicamente Lula.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Sofia Manzano é professora em Vitória da Conquista, Sudoeste do estado
Play

Irritado, Bolsonaro veta alianças do PL com o PT; assista

Sofia Manzano é professora em Vitória da Conquista, Sudoeste do estado
Play

"Mãos para trás", ordena Michelle Bolsonaro após 'apalpada'; assista

Sofia Manzano é professora em Vitória da Conquista, Sudoeste do estado
Play

Pablo Marçal bate boca com jornalista do SBT; assista

Sofia Manzano é professora em Vitória da Conquista, Sudoeste do estado
Play

Ramagem coloca Bolsonaro na berlinda em escândalo de gravação

x