ELEIÇÕES
Carlos no Senado? Entenda estratégia de Bolsonaro para 2026
Ex-presidente explicou como dividirá seus filhos na disputa eleitoral
Por Gabriela Araújo e Redação

Apesar de estar inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quer manter os seus tentáculos na política, por meio dos seus filhos. Nesta quinta-feira, 26, o político confirmou que terá ao menos um dos seus herdeiros na disputa para o Senado.
O indicado da vez será o vereador do Rio de Janeiro, Carlos (PL),que concorrerá a vaga pelo estado de Santa Catarina (SC). A indicação, segundo o ex-mandatário, será compartilhada com o governador de SC, Jorginho Mello (PL).
“Falei ao Jorginho que serão duas vagas ao Senado: ‘uma para você e outra para mim’. A minha indicação ficou com o Carlos Bolsonaro. A dele, com a [deputada] Carol de Toni [PL-SC]”, disse.
Ao falar sobre o tema, Bolsonaro atribuiu ao seu filho 02 o seu crescimento nas redes sociais, visto que é o vereador que alimenta os perfis do pai.
“Se não fosse esse garoto, que trabalha para mim desde 2010, eu não teria a visibilidade que conquistei nas redes”, disse.
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Outro nome que também disputará a casa ligado ao ex-mandatário é Flávio, que será candidato à reeleição. Ele, por sua vez, concorrerá a cadeira pelo Rio de Janeiro.
Em entrevista ao portal Metrópoles, Bolsonaro explicou o motivo das escolhas.
“Já para o Senado no Rio, o candidato é o Flávio [Bolsonaro (PL-RJ)], que vai para a reeleição. Então conversei com o Carlos, e ele pediu para mim [que dispute o Senado por outro Estado]. Eu topei e escolhi Santa Catarina”, declarou.
Críticas
O nome escolhido por Bolsonaro, contudo, já vem sendo criticado pelos partidos agregados. Na ocasião, ele saiu em defesa do nome do 02.
“Já vi que tem gente dando pancada no Carlos, chamando de ‘turista’, de ‘E.T.’. Mas o trabalho que ele faz é espetacular. Nada impede que outros partidos, como PP, PSD, União Brasil, lancem seus candidatos. Eles terão candidatos ao Senado. E o Carlos será uma opção para o eleitor catarinense”, afirmou.
Outras possibilidades
Ainda não está descartada a possibilidade da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, de concorrer a uma vaga no Senado. Atualmente ela vem pontuando bem em pesquisas de intenção de voto para a Presidência, por vezes aparecendo em primeiro lugar. Michelle também é um dos nomes cotados para compor a chapa presidencial como vice.
Bolsonaro inelegível
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) formou maioria, no início da tarde desta sexta-feira, 30, para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Até o momento, cinco dos sete ministros do TSE votaram, sendo Benedito Gonçalves, Floriano Marques, André Ramos e Cármen Lúcia pela condenação; e Raul Araújo pela absolvição.
Cármen Lúcia foi a última ministra a votar, no início da sessão desta sexta. Antes, o relator Benedito Gonçalves havia votado na noite de terça, 27, enquanto Raul Araújo, Floriano Marques e André Ramos votaram na manhã de quinta, 29.
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