POLÍTICA
Cid entra em férias determinadas pelo Exército
Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro não deve mais voltar ao exército

Por Redação

O Exército decidiu conceder férias ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em cumprimento a uma determinação da cúpula militar.
O processo tem início logo após Cid começar a cumprir a pena imposta no caso do plano de golpe. Condenado a dois anos de reclusão em regime aberto, ele foi o único entre os réus a não apresentar recurso contra a sentença, o que permitiu a execução imediata da pena. A medida tornou-se definitiva em 27 de outubro, com o trânsito em julgado.
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Segundo apuração da CNN, a concessão das férias não partiu de um pedido do militar, mas foi determinada pelo próprio Exército. O afastamento corresponde ao tempo em que ele atuou como ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022.
Embora o período exato não tenha sido informado, fontes indicam que as férias devem durar pelo menos dois meses — intervalo em que também deve ser concluído o processo de desligamento do militar da corporação.
Em agosto, o tenente-coronel Mauro Cid solicitou sua saída das Forças Armadas. O pedido foi protocolado no dia 4 daquele mês. Como não completou os 35 anos de serviço exigidos para a aposentadoria integral, ele pediu para ser incluído na chamada “quota compulsória”, modalidade que garante o recebimento proporcional aos anos de carreira.
Ainda não há um prazo definido para a conclusão do processo, mas, segundo militares ouvidos pela reportagem, a expectativa é de que até o fim deste ano Cid seja oficialmente desligado do Exército, deixando de integrar o quadro da ativa.
Nesta segunda, 3, após participar de uma audiência admonitória no Supremo Tribunal Federal (STF), Mauro Cid teve a tornozeleira eletrônica retirada. O encontro foi o passo inicial para o cumprimento de pena de Cid. Delator no caso, ele teve a menor pena dentre os oito réus do núcleo 1.
Durante a audiência, a juíza auxiliar do ministro Alexandre de Moraes comunicou ao tenente-coronel as regras que ele deverá seguir no regime aberto.
Entre as condições impostas estão:
- proibição de deixar a comarca;
- recolhimento domiciliar noturno, das 20h às 6h;
- comparecimento semanal ao Juízo do Distrito Federal;
- impedimento de sair do país, portar arma de fogo ou utilizar redes sociais;
- e proibição de manter contato com outros réus do núcleo 1 do processo.
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