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CPI da Covid: médicos defendem 'tratamento precoce' com cloroquina

Publicado sexta-feira, 18 de junho de 2021 às 18:36 h | Atualizado em 18/06/2021, 18:43 | Autor: Da Redação
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouviu hoje os médicos Francisco Cardoso e Ricardo Zimerman, defensores do "tratamento precoce" contra o novo coronavírus. Na sessão marcada pela participação ativa dos senadores governistas, os médicos reafirmaram a posição e destacaram as suas experiências pessoais.

Questionado pelos senadores Jorginho Mello (PL-SC), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Luis Carlos Heinze (PP-RS), Francisco Cardoso contou a sua vivência no corpo do Ministério da Saúde. Ele é um dos responsáveis pela nota técnica da pasta que orientava o tratamento com hidroxicloroquina e determinava doses seguras do medicamento.

Apesar de reconhecer que não é possível atribuir "causalidade direta" do uso da medicação nos casos e internamentos por Covid-19, ele diz que os dados mostram que desde a publicação da nota "o número de óbitos por caso novo sofreu progressiva e contínua queda no Brasil até o fim de 2020".

"Fui honrosamente convidado pelo Ministério da Saúde a compor a equipe de profissionais responsáveis pela construção da Nota Orientativa 17, sobre orientações para o tratamento inicial da covid-19, com doses adequadas de hidroxicloroquina e cloroquina. Apesar de não podermos atribuir causalidade direta, os dados mostram que, desde a publicação da Nota Orientativa, o número de óbitos por caso novo sofreu progressiva e contínua queda no Brasil até o fim de 2020, quando começou a segunda onda, causada pela variante P1", argumentou.

De acordo com o médico, a cloroquina foi "demonizada" após um estudo da Fiocruz que verificou a morte depois do uso da hidroxicloroquina de pacientes em Manaus, no Amazonas. Ele alega que esta pesquisa foi "a maior vergonha científica dos últimos anos" devido à alta dosagem utilizada pela equipe médica na ocasião.

"Foi o maior desastre científico do Brasil em décadas. Calculou errado a dose do grupo de alta dosagem, expondo os pacientes a níveis séricos potencialmente fatais. Foi dado o equivalente a 12 gramas de cloroquina em dez dias. A bula do remédio é clara: não se deve dar mais que 1,5 grama de cloroquina em três dias, sob risco de graves eventos tóxicos. O estudo deu 3,6 gramas de cloroquina em três dias a doentes graves, dose 2,4 vezes maior que a permitida em bula. Nos primeiros três dias, morreram sete pacientes. O braço do estudo de alta dosagem teve cerca de 40% de mortes, e foi interrompido quando se viu o que estava ocorrendo", disse, destacando os resultados pela utilização na China, primeiro país a ser epicentro da pandemia.

Já Zimerman ressaltou que "tratamento precoce" não inclui somente a cloroquina e que já existem estudos em fase de 'preprint' que apontam para uma redução nas internações com o uso de diferentes medicamentos, que segundo ele não são preconizados no Brasil mas tem adesão em outros lugares do mundo.

"Budesonida inalatória: é um 'sprayzinho' que quem tem asma usou a vida inteira. Reduz em 91% o risco de seu irmão internar, do seu pai internar. É usado no sistema público inglês, mas aqui não foi recomendado. Colchicina: são 20% de redução de combinação, internação e morte. Nitazoxanida, [a respeito de] que tiram sarro, que é um vermífugo, só que não conhecem biologia. Ela induz a expressão de interferon, um potente antiviral, tem ação antiviral em bula já. Saiu agora estudo americano em preprint: 85% de redução de risco de internação. Ou seja, 85% de redução de risco de internação [com a nitazoxanida]; 91% de redução de risco de internação com budesonida inalatória; 20% com a colchicina. A proxalutamida, que foi alvo de garg

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