SEM REAÇÃO
Decisão de Motta sobre IOF pegou governo Lula de surpresa
Câmara dos Deputados vai votar derrubada do decreto nesta quarta-feira, 25
Por Redação

A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de votar a derrubada do decreto de reajuste do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) nesta quarta-feira, 25, pegou de surpresa integrantes o governo Lula e até mesmo líderes da oposição na Casa.
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Motta fez o anúncio da votação de hoje via postagem no X (antigo Twitter) no fim da noite de ontem. O governo imaginava que teria duas semanas que, informalmente, eram dadas como o prazo para que avançasse uma negociação entre Executivo e Legislativo a partir de alterações que seriam propostas pelo Ministério da Fazenda. Essas duas semanas terminariam nesta sexta-feira, 27.
“Para mim, não (houve aviso). Nós pedimos para pautar no mesmo dia”, disse o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), ao colunista Igor Gadelha do portal Metrópoles.
Pessimismo governista
De acordo com O Globo, líderes do Centrão relatam que até agora o governo não sinalizou com qualquer possibilidade de corte de gastos como quer a oposição. E que incomodou ao grupo que o governo tenha nos bastidores usado a não-execução das emendas parlamentares como um dos motivos centrais da reação dos parlamentares à elevação do IOF.
Do lado do Planalto, o cenário é de pessimismo. Um líder governista admitiu agora há pouco que a votação de hoje vai derrubar o decreto que elevou o IOF — inclusive porque os votos poderão ser dados de forma virtual, dado que boa parte dos deputados não está em Brasília nesta semana por causa dos festejos de São João.
A mais do que provável derrota do governo tem como base a votação da semana passada na proposta que aprovou um requerimento de urgência, por 346 votos favoráveis e 97 contrários, suspendendo os efeitos do decreto do IOF.
Ao governo, restaria o discurso de que a oposição quer inviabilizar a taxação maior das bets e "o aumento de impostos para os mais ricos", conforme diz um líder governista.
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