SAIU EM DEFESA
Lula promete seguir na briga para mudar cobrança do IOF no Brasil
Presidente defendeu decisão do Ministério da Fazenda em relação ao imposto
Por Anderson Ramos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a decisão do Ministério da Fazenda de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em entrevista ao rapper Mano Brown no podcast “Mano a Mano”, publicada nesta quinta-feira, 19, Lula afirmou que não dá para “ceder toda hora”.
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“Toda vez que a gente vai ultrapassar o arcabouço fiscal, a gente tem que cortar do orçamento. Então, se eu tiver que cortar 40 bilhões do orçamento de obras de rua para a saúde, para a educação, eu tenho que ter uma compensação. O IOF é um pouco para fazer essa compensação”, afirmou.
Segundo Lula, o ponto principal das mudanças é corrigir a tributação de “setores que ganham muito dinheiro, e que pagam muito pouco”, como as bets e fintechs.
“As bets pagam 12%, nós queremos que paguem 18%. Eles ganham bilhões e bilhões. Não querem pagar. As fintechs, hoje, são quase que uns bancos, não querem pagar. Então essa briga nós temos que fazer, gente, não dá para a gente ceder toda hora”, continuou Lula.
Resistência do Congresso
Após forte resistência do Congresso Nacional ao aumento do imposto proposto pela Fazenda em 22 de maio, o governo publicou no último dia 11 uma medida provisória (MP) sobre tributação de investimentos e propostas de corte de gastos, além de um novo decreto com alíquotas menores do IOF.
O novo texto mantém boa parte das regras do decreto anterior, mas modifica dispositivos sensíveis, especialmente sobre a alíquota adicional nas operações de crédito e o tratamento de investimentos estrangeiros.
Na última segunda-feira, 16, a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para um projeto que derruba o novo decreto do governo sobre o aumento. A proposta ainda não foi analisado pelos deputados.
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