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Deputados baianos criticam saída de mais um ministro da Educação

Publicado quarta-feira, 01 de julho de 2020 às 17:28 h | Atualizado em 01/07/2020, 17:34 | Autor: Raul Aguilar
Lídice critica a ausência de ministros titulares nas pastas da Saúde e da Educação
Lídice critica a ausência de ministros titulares nas pastas da Saúde e da Educação -

A saída do ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, repercutir mal na bancada baiana da Câmara Federal. Entre os deputados, após a terceira troca de ministro em um ano e meio, a sensação é de que o setor da Educação no país está à deriva.

A deputada federal Lídice da Mata (PSB) cita a ausência de titulares nas pastas da Saúde (a pasta segue com um interino), e da Educação, como prova da desorganização do governo federal, o que classifica como grave. Ela critica a herança deixada por ex-ministro Abraham Weintraub. “Na Educação é um caos completo. O Weintraub destruiu tudo que existia de organizado na educação brasileira e não tem a menor condição, sequer, de estar no Banco Mundial”.

Lídice avalia que a substituição no ministério da Educação está difícil porque se busca uma substituição por “alguém que concorde com as loucuras do presidente” e não que tenha capacidade para o cargo.

“Precisamos de um ministro que tenha como primeira preocupação a manutenção do Fundeb. Agora, com novas regras, com participação maior do poder federal na sustentação da educação básica. De um ministro que pense no Enem e que pense no fortalecimento das universidades brasileiras, ciência e da tecnologia”, ressalta a deputada baiana.

O deputado Valmir Assunção (PT) foi outro que lembrou que dois ministérios importantes seguem sem ministro. Ele diz que Decotteli teve a dignidade de deixar o cargo após escândalos envolvendo sua qualificação, e que Bolsonaro deveria fazer o mesmo.

Outro que lamentou o descaso com a educação brasileira foi o deputado Charles Fernandes (PSD), que afirmou que a conta ficará para futuras gerações.

“A educação do Brasil já não vai bem e agora essa troca do terceiro ministro da Educação, isso é extremamente ruim para o país. A educação é um problema em muitos estados, inclusive na Bahia. Essa troca de ministro dá a impressão de que vai terminar o governo e nenhum vai conseguir colocar os planos de educação do país para frente. Só temos a lamentar”, desabafou Fernandes.

Apoiador do governo Bolsonaro, o deputado federal Alex Santana (PDT) admite que é preocupante uma troca tão constante de ministro em um curto espaço de tempo. “É ruim, primeiro porque a gente está no processo de pandemia e as escolas, tanto públicas quanto particulares, estão fechadas e as aulas estão suspensas”, observou ele.

Alex Santana lembrou que a educação é o futuro do país. “E não é só com o futuro a médio e longo prazo, é também com o futuro a curto prazo. Quantas pessoas estão precisando da direção do MEC, da visão de governo numa pasta educacional que é tão importante para o país?”, questionaou o parlamentar do PDT.

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