POLÍTICA
Deputados federais se dividem sobre denúncia contra Bolsonaro no STF
Para parlamentares da base do governo, a decisão foi considerada histórica, enquanto deputados da oposição a criticaram
Por Redação

Durante os debates no Plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira,26, parlamentares da base do governo consideraram histórica a decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado em 2022.
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Por outro lado, deputados da oposição criticaram a decisão. Para José Medeiros (PL-MT), as acusações contra Bolsonaro são vagas, e o ministro Alexandre de Moraes não demonstrou firmeza no julgamento. "As acusações são tão frágeis que, sem um roteiro, muitos sequer sabem argumentar sobre elas. Não há coerência", afirmou.
Com a decisão do STF, inicia-se agora uma ação penal, na qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) e as defesas dos réus poderão apresentar provas e testemunhas. Caso sejam condenados ao final do processo, poderão enfrentar penas de prisão.
Divergências sobre o julgamento
Para o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA), a decisão reforça a democracia, embora ele lamente que um ex-presidente tenha chegado a essa situação. Já Bibo Nunes (PL-RS) classificou a decisão do STF como absurda: "Não houve armas, tanques ou militares nas ruas. Que golpe é esse?"
A deputada Carol Dartora (PT-PR) celebrou o julgamento como um marco na luta contra atos golpistas. Em contraposição, Coronel Assis (União-MT) questionou a consistência da denúncia, alegando que o relatório da PGR tem falhas e se baseia em uma delação contraditória.
Democracia ou injustiça?
Erika Hilton (Psol-SP) destacou que o julgamento foi um avanço na defesa da democracia, enquanto Alberto Fraga (PL-DF) comparou a situação de Bolsonaro com a de Lula, argumentando que o ex-presidente petista já foi condenado e preso, enquanto Bolsonaro enfrenta acusações sem condenação.
Para Joseildo Ramos (PT-BA), a decisão demonstra a solidez das instituições democráticas do país, enquanto José Guimarães (PT-CE) afirmou que a medida representa uma vitória da democracia.
Já Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido, criticou o julgamento, alegando que ele viola a Constituição e que os réus deveriam ser julgados na primeira instância. O parlamentar anunciou que o PL adotará medidas de obstrução como forma de protesto.
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