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PT pode usar informações contra Michelle se Janja for atacada

Campanha de Lula está preparada para retaliar posicionamento interpretado como intolerância religiosa

Publicado domingo, 14 de agosto de 2022 às 13:08 h | Autor: Da Redação
Na última terça-feira, 9, uma postagem compartilhada por Michelle Bolsonaro foi alvo de críticas da Frente Inter-religiosa Dom Paulo Evaristo Arns por Justiça e Paz
Na última terça-feira, 9, uma postagem compartilhada por Michelle Bolsonaro foi alvo de críticas da Frente Inter-religiosa Dom Paulo Evaristo Arns por Justiça e Paz -

Após a informação de que a campanha de Jair Bolsonaro (PL) estuda ligar Janja à umbanda de forma pejorativa em inserções de propaganda eleitoral na TV, para reforçar os comentários de Michelle Bolsonaro sobre encontro de Lula (PT) com lideranças de religiões de matriz africana, um revide é orquestrado pelos petistas, aponta o colunista Ricardo Noblat, do portal Metrópoles.

Segundo Noblat, a campanha de Lula guarda munição para usar contra a primeira-dama caso ataques sejam feitos contra a esposa do candidato petista. Michelle chegou a ser investigada após receber cheques do ex-assessor de Jair Bolsonaro, Fabrício Queiroz, que totalizaram R$ 89 mil. No entanto, o STF arquivou a denúncia.

Para alavancar o eleitorado cristão, o grupo do atual presidente costuma fazer comentários depreciativos contra religiões de matriz africana. Na última terça-feira, 9, uma postagem da vereadora Sonaira Fernandes (Republicanos), compartilhada por Michelle Bolsonaro, foi alvo de críticas da Frente Inter-religiosa Dom Paulo Evaristo Arns por Justiça e Paz. A alegação da organização é que a primeira-dama viola a legislação eleitoral e promove a cultura do ódio ao “demonizar o diferente”.

A postagem tem um vídeo em que Lula se encontra com lideranças de religiões africanas, com um trecho em que afirma que o petista “entregou sua alma para vencer essa eleição”.

Além de compartilhar a postagem de Sonaira, Michelle Bolsonaro comentou na postagem que “Isso pode, né! Eu falar de Deus, não!”, ao insinuar que não teria liberdade religiosa por ser evangélica. 

Religiões de matriz africana, historicamente, sofrem perseguição no Brasil e apenas recentemente ações do Estado têm buscado conter a intolerância religiosa.

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