INJÚRIA RACIAL
Ex-advogado de Bolsonaro é condenado por racismo contra atendente
Na ocasião, o defensor do ex-presidente chamou uma mulher de "macaca"

Por Gustavo Nascimento

O advogado Frederick Wassef, ex-representante de Jair Bolsonaro, foi condenado, nesta quarta-feira, 17, a 1 ano e 9 meses de prisão, em regime aberto, por praticar injúria racial contra uma atendente de pizzaria em Brasília.
O crime aconteceu em novembro de 2020, mas Wassef só virou réu em 2022, depois de uma denúncia feita pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT).
O advogado negou as acusações e disse que nunca foi racista com a funcionária, o que não condiz com a denúncia.
“Após ser atendido e concluir a refeição, o denunciado dirigiu-se ao caixa e disse para a vítima que a pizza estava uma merda, tendo ela dito que apenas ele teria reclamado. O denunciado retrucou, ofendendo a vítima com termos preconceituosos, nos seguintes termos: Você é uma macaca, você come o que te derem”, diz a denúncia.
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O juiz Omar Dantas Lima, 3ª Vara Criminal de Brasília, entendeu que o insulto ofendeu a dignidade da atendente.
“A expressão macaca, tão bem retratada na prova oral, carrega intenso desprezo e escárnio. A palavra proferida é suficiente para retratar a intenção lesiva”, afirmou o magistrado.
No entanto, a condenação de 1 ano e 9 meses de detenção em regime aberto foi convertida para penas alternativas, além do pagamento de R$ 6 mil por danos morais.
Ainda cabe recurso contra a decisão.
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