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Exclusiva: Lula revela expectativas e promessas para a Bahia em seu 3º mandato

Presidente da República concedeu entrevista exclusiva para A TARDE; Confira

Por Luiz Lasserre

07/02/2025 - 5:00 h | Atualizada em 07/02/2025 - 8:03
Imagem ilustrativa da imagem Exclusiva: Lula revela expectativas e promessas para a Bahia em seu 3º mandato
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Em entrevista exclusiva ao Grupo A TARDE, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manda uma mensagem para os baianos: “Se preparem para uma das melhores colheitas de resultados que vocês já presenciaram”. O mandatário diz isso quando perguntado a respeito da expectativa dele em relação às ações do 3º mandato à frente do País, com mais dois anos pela frente.

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Hoje, Lula retoma a agenda de viagens, após superar impedimentos por problemas de saúde, entregando obras na região oeste da Bahia: é a 5ª vez que ele cumpre agenda oficial no estado neste mandato.

Em uma conversa franca, Lula trata de diversos temas relevantes na atual conjuntura da gestão federal – das obras de infraestrutura (a exemplo da que ele entrega hoje no âmbito do programa ‘Água para Todos’) ao quebra-cabeça político interno relativo ao ministério, com quatro nomes da Bahia, e os novos presidentes do Senado e Câmara; passando pelo cenário econômico internacional, com os desafios na presidência rotativa do bloco Brics; até o posicionamento ante medidas do governo norte-americano de Donald Trump. Confira.

Qual a importância estratégica para o País das obras de infraestrutura, a exemplo desta que o senhor está inaugurando no oeste baiano? Na visão do seu governo, que áreas de infraestrutura merecem atenção especial nesses próximos dois anos do mandato?

No oeste baiano, estamos trabalhando fortemente com obras de infraestrutura hídrica. Estamos levando água a quem precisa, garantindo que torneiras não fiquem mais secas nas cidades e que quem mora no campo possa trabalhar e viver da terra. Construir barragens, adutoras e sistemas hídricos é garantir, hoje, o direito do acesso à água. E é, também, se preparar para o futuro.

As mudanças climáticas estão ocorrendo rapidamente, já afetam o Brasil e o mundo, e é a infraestrutura, planejada com carinho, que pode nos ajudar a enfrentar os desafios do amanhã. Por esse motivo, estamos investindo R$ 1,7 bilhão no eixo ‘Água para Todos’ do novo PAC só aqui na Bahia. Também por isso, já entregamos quase 12 mil novas cisternas para as famílias baianas que precisam viver e produzir em locais com pouca chuva.

Estamos reconstruindo o Brasil – e a Bahia – também com outros empreendimentos de infraestrutura que são fundamentais para nosso crescimento. Investimos em ferrovias, como a Oeste-Leste, que ligará Ilhéus a Barreiras. Na duplicação da BR-116, entre Santa Bárbara e Feira de Santana, que já foi inaugurada. E apoiamos os investimentos privados, como é o caso da planta de combustíveis sustentáveis de aviação, que está sendo construída em Mataripe e colocará a Bahia na vanguarda da energia limpa.

A retomada da agenda de viagens presidenciais pelo estado da Bahia tem algum significado especial? Com a chegada de Sidônio Palmeira à Secretaria de Comunicação Social, a Bahia passa a ocupar quatro pastas na Esplanada dos Ministérios, além de ter Jaques Wagner como líder no Senado. Como vê a participação de representantes aqui do estado no seu governo e que nível de atenção a Bahia vem tendo na atual gestão?

A Bahia é um estado extraordinário e de grande relevância nos setores agrícola, turístico, e cada vez mais forte do ponto de vista industrial e energético. Sem contar que é um berço de movimentos sociais e culturais que contribuem para a construção da identidade nacional.

A Bahia e o povo baiano sempre tiveram um significado especial para mim. E isso não se mede apenas na minha relação com as grandes figuras públicas que estão em Brasília, desempenhando um papel extraordinário em seus ministérios. O significado da Bahia para mim, e para meu governo, se mede pela atenção que estamos dando ao estado.

Desde o início do meu 3º mandato, estive na Bahia em cinco ocasiões. Apenas no ano passado, fizemos transferências de R$ 63,6 bilhões para o estado e os municípios baianos. Contratamos mais de 45 mil moradias no Minha Casa, Minha Vida desde 2023. Estamos criando oito novos campi de Institutos Federais e levando um campus de universidade para Jequié. E, em empreendimentos do PAC, estamos dedicando R$ 72 bilhões diretamente ao estado, que também será beneficiado com outros R$ 25 bilhões de empreendimentos do programa que ultrapassam suas fronteiras.

Além disso, repassamos meio bilhão de reais das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc ao estado e aos municípios baianos, para que a rica produção cultural daqui ganhe ainda mais espaço, gere mais renda e mais empregos e siga encantando o Brasil e o mundo.

Qual a expectativa do senhor, em relação à mudança recente na gestão da Comunicação do governo? Como a sociedade brasileira, como um todo, pode estar melhor informada a respeito das ações realizadas no atual mandato?

Tenho a certeza de que o Sidônio [Palmeira] e equipe já estão fazendo um ótimo trabalho – e veja que ele ainda não está nem há um mês no cargo.

O que nós vamos fazer a partir de agora é conversar cada vez mais com a população. Dar mais entrevistas, estar mais presentes para esclarecer o que está acontecendo e mostrar quais são nossas realizações. Essa presença é muito importante porque, diferente do que acontecia há dez ou vinte anos, hoje temos que lutar contra uma máquina de desinformação que trabalha sem descanso, vinte e quatro horas por dia. Com pessoas que se aproveitam da internet e das redes para confundir, espalhar mentiras e com isso sair lucrando, seja ganhando dinheiro com a monetização, seja tentando conquistar votos.

Essa desinformação fez mal para o Brasil, ao deixar as pessoas com medo de tomar a vacina da Covid. Ao tentar tirar a credibilidade do processo eleitoral. Ao deixar as pessoas com medo de usar o Pix. Mas, tenho certeza de que vamos poder superar essa fase. Com muito trabalho, mostraremos que a verdade, a democracia e o respeito irão superar a mentira e os discursos de ódio.

Quais as expectativas do senhor em relação ao convívio político com o Congresso após a mudança nas presidências da Câmara e do Senado?

Estou muito otimista com a relação que terei com os presidentes Davi Alcolumbre [Senado] e Hugo Motta [Câmara]. Tivemos um encontro muito proveitoso nesta semana e saí com a certeza de que nossa convivência será um exemplo de fortalecimento da democracia em nosso País.

Vamos tocar, com muito diálogo, com muito respeito ao papel de cada um, os projetos fundamentais para o povo brasileiro. Foi a harmonia entre o Congresso e o Executivo que permitiu um fato histórico no Brasil: a aprovação, pela primeira vez em um regime democrático, de uma Reforma Tributária.

Foi ela também que possibilitou grandes avanços, ao aprimorar e aprovar vários projetos de lei de interesse do povo brasileiro. Nos próximos dois anos não será diferente. E todos ganharemos com isso.

O Brasil assumiu, pela quarta vez, a presidência rotativa do Brics [bloco econômico com Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros parceiros]. Como o País pretende avançar de fato no bloco, e que agenda está sendo construída para elevar a participação do Brasil e do continente latino-americano dentro do Brics? A América Latina está unida para enfrentar possíveis ofensivas comerciais dos Estados Unidos?

Eu tenho um carinho muito grande pelo Brics, que pude ver nascer quando estava em meu primeiro mandato. É um bloco que não se une contra ninguém, mas, sim, a favor de uma ordem mundial mais justa, que represente os interesses de desenvolvimento dos países do Sul Global.

A Presidência brasileira do Brics vai reafirmar essa vocação construtiva, com o lema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável".

Teremos seis prioridades, todas elas representativas do momento e dos desafios que o mundo atravessa: Governança da Inteligência Artificial; Aprimoramento do Sistema Financeiro e Monetário; Combate à Mudança climática; Reforma da Arquitetura Multilateral de Paz e Segurança; Cooperação em Saúde Global; e Desenvolvimento Institucional do Brics.

Quanto aos Estados Unidos, a relação deles com cada país latino-americano tem especificidades. No caso do Brasil, mantemos uma relação de 200 anos, um comércio equilibrado, investimentos de parte a parte, uma cooperação técnica, científica e educacional importantíssima. Temos uma importante comunidade brasileira nos Estados Unidos, que está lá trabalhando legalmente e contribuindo para o país; e temos um relevante fluxo de turistas nos dois sentidos.

Da minha parte, farei o possível para que a esta cooperação prevaleça – assim como farei o possível para a que a cooperação e o diálogo continuem sendo os valores mais importantes na relação entre todas as nações.

Que mensagem o senhor pode deixar para os baianos em relação às ações previstas para a metade final deste 3º mandato presidencial?

Quero dizer que se preparem para uma das melhores colheitas de resultados que vocês já presenciaram. Passamos dois anos reconstruindo a máquina do estado, fazendo ela voltar a funcionar. Recomeçamos do zero muitos programas que tinham funcionado bem até serem destruídos por governantes que não se importavam com a população. Voltamos a investir no desenvolvimento e nas pessoas, e os resultados serão colhidos agora.

Não tenham dúvida, portanto, que a Bahia que teremos daqui a dois anos terá muito mais oportunidades para os jovens que estão se formando nas escolas técnicas. Terá mais competitividade para a agricultura, que poderá escoar melhor a produção. Será uma Bahia mais verde, exportando mais energia limpa, e mais tecnológica. Uma Bahia com a qual todas as baianas e todos os baianos sonham – e merecem.

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Tags:

Água para Todos Bahia brics entrevista governo federal infraestrutura Lula política nacional

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