POLÍTICA
Facções x terroristas: governo diz ser “terminalmente" contra comparação
Iniciativa poderia abrir brechas para uma possível intervenção estrangeira

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou, nesta quarta-feira, 5, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é “terminalmente” contra o projeto que equipara a atuação das organizações criminosas no país ao terrorismo.
A proposta foi mais defendida pela oposição do governo após a mega operação Contenção contra o Comando Vermelho (CV), no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos.
O argumento defendido pela ministra é de que uma determinação como essa do Congresso, poderia abrir espaço para uma possível intervenção internacional no Brasil.
"O governo é terminantemente contra, nós somos contra esse projeto que equipara as facções criminosas ao terrorismo, terrorismo tem objetivo político e ideológico, e o terrorismo, pela legislação internacional, dá guarida para que outros países possam fazer intervenção no nosso país", afirmou a ministra em evento da pasta.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Paulo Azi (União-BA) incluiu, na última sexta-feira, 3, o texto na pauta do colegiado desta semana.
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O projeto passou pela Comissão de Segurança Pública e aguarda votação na CCJ. A proposta não necessita ser votada na comissão, visto que teve um requerimento de urgência aprovado, o que dispensa a análise pelas comissões temáticas.
Porém, Azi decidiu pautar o texto, visto que o projeto vem sofrendo questionamentos a respeito de sua constitucionalidade.
Depois da megaoperação no Rio de Janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que o governo federal entende que “uma coisa é terrorismo, oura coisa são facções criminosas”.
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