POLÍTICA
Farmácias poderão ser proibidas de exigir CPF para descontos
PL ainda cita combate aos descontos 'fictícios' oferecidos por determinados estabelecimentos
Por Da Redação

Um Projeto de Lei (PL) no Senado proíbe farmácias e drogarias de condicionarem descontos ao fornecimento de dados pessoais de clientes, como CPF, e-mail e dados biométricos.
A proposta ainda estabelece a proibição de compartilhamento desses dados com terceiros ou a utilização para finalidades não relacionadas a assistência farmacêutica.
O projeto (PL 3.419/2024) está aguardando designação do relator na Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD) do Senado. Se aprovado, ele passará pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) da Casa.
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A proposta visa proibir uma prática comum no país, onde farmácias exigem dados pessoais para conceder descontos. Os órgãos de defesa do consumidor afirmam que a prática é abusiva e pode resultar em discriminação ilegal.
Outro ponto está relacionado com a oferta de descontos 'fictícios', pois se aplicam sobre os preços máximos autorizados para cada medicamento, e não sobre os preços reais de mercado, os quais são geralmente menores.
O PL coíbe que esses estabelecimentos repassem, gratuitamente ou mediante remuneração, informações dos clientes a terceiros, incluindo operadoras de planos de saúde, sem o conhecimento do consumidor.
"As proibições não se estendem aos descontos concedidos por laboratórios farmacêuticos em programas de fidelidade. Assim, nesses programas, que oferecem benefícios reais por meio de descontos efetivos e não fictícios, os consumidores poderão fornecer seus dados pessoais em troca de descontos, sem que as farmácias e as drogarias infrinjam as restrições estabelecidas", acrescenta o senador Rogério Carvalho (PT), autor da proposta.
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