POLÍTICA
Generais veem erro grave de Augusto Heleno no governo Bolsonaro
Heleno foi condenado pelo STF a 21 anos de prisão por participação na trama golpista

Por Yuri Abreu

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro (PL), o general Augusto Heleno cometeu um grave erro ao longo do período que esteve à frente da pasta, segundo aliados do militar.
Aos 77 anos, o ex-ministro foi sentenciado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 21 anos de prisão após condenação por participação na trama golpista.
No entanto, ele poderia ter safado da condenação se tivesse entregado o cargo logo após a entrada do Centrão na gestão Jair Bolsonaro, segundo o aliados do militar ouvidos pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
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Em razão da idade dele, que também é general da reserva, a defesa de Augusto Heleno pretende pedir ao Supremo que ele cumpra a pena em prisão domiciliar.
Em julgamento, Moraes criticou Heleno por manter "agenda golpista no século 21"
No início de setembro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez duras críticas às ações de Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Jair Bolsonaro, durante uma tentativa de golpe de Estado no Brasil.
“Não é razoável achar normal que um general do Exército, quatro estrelas, e ministro do GSI tenha uma agenda com anotações golpistas, preparando a execução de atos para deslegitimar as eleições, o Poder Judiciário e se perpetuar no poder. Eu não consigo entender como alguém pode achar normal, em uma democracia, em pleno século 21, uma agenda golpista”, declarou Moraes, durante o terceiro dia do julgamento do ex-presidente Bolsonaro (PL) e de outros sete réus.
O liberal, Heleno e os demais fazem parte do chamado núcleo central do golpe e responderam por crimes como golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
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