INVESTIGAÇÃO
Irmã de apóstolo Valdemiro dirige entidade suspeita na farra do INSS
Segundo a PF, a Cebap faturou R$ 202 milhões com mensalidades descontadas das aposentadorias
Por Redação

O Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (Cebap), uma das entidades investigadas pela Polícia Federal (PF) pela farra dos descontos indevidos sobre aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), tem como dirigente uma irmã do apóstolo Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus.
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De acordo com informações obtidas pelo portal Metrópoles, Sonia Maria de Oliveira, de 64 anos, aparece nos registros oficiais como secretária-geral do Cebap e chegou a presidir eleições da associação, que é sediada na região da Avenida Faria Lima, zona oeste de São Paulo.
Sozinho, o Cebap faturou R$ 202 milhões com mensalidades descontadas das aposentadorias desde que firmou seu acordo de cooperação técnica com o INSS, em dezembro de 2022.
Nos últimos anos, Valdemiro tem enfrentado uma série de bloqueios judiciais milionários em suas contas em razão de dívidas que chegam a quase R$ 500 milhões. A irmã do líder religioso não se manifestou sobre sua atuação no Cebap e a entidade afirmou que o fato é “mera coincidência”.
Investigação
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na semana passada a quinta fase da operação “Sem Desconto” e prendeu dois investigados preventivamente, suspeitos de participação nas fraudes nos descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS.
As prisões foram realizadas nas cidades de Aracaju e Umbaúba (SE). Os mandados de busca e apreensão foram executados em Aracaju (2), Cristinápolis/SE (2) e Umbaúba (1). As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Federal de Sergipe.
A ação da PF pretende recuperar bens e avançar nas investigações sobre os descontos indevidos aplicados a benefícios do INSS, com foco na recomposição do erário e na responsabilização dos autores.
A primeira fase da operação foi cumprida em abril e prendeu seis pessoas ligadas às associações. O rombo investigado pela PF é de cerca de R$ 6 bilhões.
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