OPERAÇÃO
Jerônimo dispara contra servidores após fraude no SAC: "Achem advogado"
Nove servidores foram afastados da função após Operação que investiga corrupção no SAC

Por Yuri Abreu e Rodrigo Tardio
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) mandou um recado aos servidores que atuam em unidades do Serviço de Atendimento do Cidadão (SAC) e foram alvo da operação Vaga Vip, deflagrada nesta sexta-feira, 19, pela Polícia Civil.
Os trabalhos tiveram como objetivo coibir a comercialização irregular de agendamentos para a emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN) em unidades da rede estadual.
A investigação teve início a partir de uma denúncia realizada pela Coordenação da rede de atendimento, que colaborou com:
- a apuração ao fornecer informações;
- acesso a dados e apoio técnico;
- reforçando o compromisso institucional com a transparência e a legalidade no atendimento ao público.
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"Todos os servidores públicos têm que cumprir as regras da ética e da responsabilidade [...] têm que saber que têm que cumprir as regras. Eles sabem o que é que tem que cumprir. E mais, quem é cargo de confiança também sabe que é um cargo de confiança, mas que quando não anda na linha, tem que procurar um advogado, porque eu não vou defender ninguém que pisa na linha, que sai disso", disse o governador.
"Então, a polícia vai procurar, a inteligência vai correr atrás, e se a pessoa tiver dentro da razão, ele será justiçado e vai voltar a trabalhar. E se não tiver, vai ter que procurar um bom advogado para poder cuidar a sua vida", completou.
Como foi a operação?
Por decisão judicial, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, além da aplicação de onze medidas cautelares, sendo nove delas de afastamento das funções públicas contra servidores. As ações ocorreram nos seguintes municípios:
- Salvador;
- Candeias;
- Camaçari;
- Feira de Santana;
- Remanso.
As apurações indicam que vagas disponibilizadas gratuitamente pelo sistema oficial de agendamento do Governo do Estado estariam sendo comercializadas de forma irregular, tanto com a participação de servidores públicos quanto por meio da atuação de intermediários externos, sem vínculo com a Rede SAC.
Em alguns casos, os atendimentos teriam sido facilitados fora da ordem regular mediante pagamento indevido; em outros, terceiros capturavam previamente vagas no sistema eletrônico para revendê-las a cidadãos que buscavam o serviço.
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